São Paulo, segunda-feira, 08 de maio de 2000


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EM NOVA ORLEANS
Hermeto, Chico César e Ilê Ayiê empolgam platéia americana

do enviado a Nova Orleans

Enquanto um novo festival de jazz está sendo preparado em São Paulo, três atrações brasileiras ganharam destaque no New Orleans Jazz & Heritage Festival, o maior evento norte-americano do gênero, que aconteceu durante o último fim-de-semana.
Depois das exibições de Carlos Malta & Pife Muderno, Cascabulho e Nação Pernambuco, na semana anterior, foi a vez do instrumentista Hermeto Pascoal, do cantor Chico César e do bloco Ilê Ayiê se apresentarem no festival, que enfocou a música e a herança afro-brasileira sob o pretexto de homenagear os 500 anos do país.
Hermeto e sua banda foram aplaudidos de pé por uma platéia com mais de 2.000 pessoas que, depois de exigir a volta do grupo ao palco, foi embora mais cedo, deixando o show principal do dia (com Plas Johnson e Herlin Riley) quase às moscas.
Anunciado como "o feiticeiro do Brasil", Hermeto levou o público ao delírio, em vários momentos do show.
Primeiro citou a clássica "Summertime", de Gershwin, em meio a um improviso com um copo de coca-cola. Depois, sentou-se ao piano acústico e, para surpresa de muitos norte-americanos, tocou uma versão sublime de "Round Midnight", de Thelonious Monk.
Normalmente compenetrada, a platéia da tenda de jazz parecia outra, balançando-se nas cadeiras, ou mesmo dançando, ao som do forró dissonante do alagoano e sua banda.
Uma boa notícia para os paulistanos é que Hermeto toca dia 18 de junho, no parque Ibirapuera, durante a versão brasileira do Montreux Jazz Festival.

Congo Square
Também bastante aplaudido, Chico César atraiu cerca de 3.000 pessoas ao palco Congo Square, onde costumam se exibir artistas de diversas tendências da músicanegra internacional.
A diversidade sonora do cantor compositor paraibano agradou a platéia, que dançou até mesmo um improvável carimbó.
Última atração brasileira da sexta-feira, o bloco afro-baiano Ilê Ayiê já encontrou uma platéia bem menor que a de Chico César, no Congo Square, mas impressionou os que ficaram com a força rítmica de seu samba-reggae e a beleza de suas dançarinas.
(CC)


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