São Paulo, segunda-feira, 08 de maio de 2000


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RELÂMPAGOS
Ninho de fada

JOÃO GILBERTO NOLL

Ele estava numa rinha pela primeira vez. Olhava o tio, presa fácil da fúria da pequena arena. Olhava os galos, um extraindo do outro o combustível da festa. Estar ali provocava nele a sensação de fraqueza. A sua própria respiração disparada o suplantava. Era tudo eloquente demais, voraz. Seu andamento parecia atolado. Refratário ao jogo, incapaz. Então ele entrou naquela casa. Encontrou a mulher deitada, pálida, com cara de enferma. Ela lhe pediu água, ofegante. A pia. O copo. Encheu-o. Ajudou-a a tomar. Lá fora, os homens gritavam. Ouviu a voz do tio.


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