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CINEMA
Filmes como "Através da Janela" serão exibidas no mercado de filmes do festival, que abre na quarta
Cannes verá 13 longas brasileiros
AMIR LABAKI
da equipe de articulistas
Um total de treze longas-metragens brasileiros serão exibidos
dentro do mercado de filmes do
53º Festival Internacional de Cinema de Cannes, cuja abertura
oficial acontece depois de amanhã com a produção "Vatel" de
Roland Joffé.
Organizada pelo Grupo Novo
de Cinema e TV, a iniciativa completa a mais forte presença em
Cannes do cinema brasileiro desde 1970.
Naquele ano, pela última vez
dois longas-metragens nacionais
participaram da competição oficial do festival: os filmes "Azyllo
Muito Louco", de Nélson Pereira
dos Santos, e "O Palácio dos Anjos", de Walter Hugo Khouri.
A lista das produções que serão
exibidas inclui oito longas-metragens de ficção e nada menos que
cinco documentários (veja quadro).
Há até mesmo títulos inéditos
no circuito comercial, como
"Através da Janela" de Tata Amaral e "O Rap do Pequeno Príncipe
contra as Almas Sebosas" de Paulo Caldas e Marcelo Luna.
Tarcísio Vidigal, produtor de cinema ("O Menino Maluquinho")
e diretor da distribuidora, acredita que "a procura vai aumentar".
"É a mais forte presença nacional,
com os cinco filmes", afirmou à
Folha.
Disputa pela Palma
A seleção oficial brasileira em
Cannes 2000 conta com representantes em diversos segmentos.
Há um longa na disputa da Palma de Ouro ("Estorvo"), outro na
mostra paralela Um Certo Olhar
("Eu, Tu, Eles") e três curtas: um
na competição oficial ("Três Minutos"), outro na competição de
revelações Cinefondation ("De
Janela para o Cinema") e um terceiro no ciclo paralelo e independente Quinzena dos Realizadores
("Rota de Colisão").
"Estamos bem preparados", garante Vidigal. "Vamos levar cinco
funcionários e temos um estande
logo na entrada do novo palácio
do mercado."
A iniciativa inclui ainda a edição
de um catálogo específico que irá
enfocar as obras nacionais exibidas no festival.
As 14 projeções concentram-se
entre os dias 11 e 18. Um único filme será reprisado: "Hans Staden", de Luiz Alberto Pereira. "A
escolha foi por sorteio", explica
Vidigal.
"Tinhamos uma projeção extra
e não quisemos proteger ninguém", afirma.
O orçamento da operação gira
em torno de US$ 70 mil. O Grupo
Novo conta neste ano com os
apoios da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, da
Secretaria de Estado de Cultura de
São Paulo e da Petrobrás.
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