São Paulo, segunda-feira, 08 de maio de 2000


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CINEMA
Filmes como "Através da Janela" serão exibidas no mercado de filmes do festival, que abre na quarta
Cannes verá 13 longas brasileiros

AMIR LABAKI
da equipe de articulistas

Um total de treze longas-metragens brasileiros serão exibidos dentro do mercado de filmes do 53º Festival Internacional de Cinema de Cannes, cuja abertura oficial acontece depois de amanhã com a produção "Vatel" de Roland Joffé.
Organizada pelo Grupo Novo de Cinema e TV, a iniciativa completa a mais forte presença em Cannes do cinema brasileiro desde 1970.
Naquele ano, pela última vez dois longas-metragens nacionais participaram da competição oficial do festival: os filmes "Azyllo Muito Louco", de Nélson Pereira dos Santos, e "O Palácio dos Anjos", de Walter Hugo Khouri.
A lista das produções que serão exibidas inclui oito longas-metragens de ficção e nada menos que cinco documentários (veja quadro).
Há até mesmo títulos inéditos no circuito comercial, como "Através da Janela" de Tata Amaral e "O Rap do Pequeno Príncipe contra as Almas Sebosas" de Paulo Caldas e Marcelo Luna.
Tarcísio Vidigal, produtor de cinema ("O Menino Maluquinho") e diretor da distribuidora, acredita que "a procura vai aumentar". "É a mais forte presença nacional, com os cinco filmes", afirmou à Folha.

Disputa pela Palma
A seleção oficial brasileira em Cannes 2000 conta com representantes em diversos segmentos.
Há um longa na disputa da Palma de Ouro ("Estorvo"), outro na mostra paralela Um Certo Olhar ("Eu, Tu, Eles") e três curtas: um na competição oficial ("Três Minutos"), outro na competição de revelações Cinefondation ("De Janela para o Cinema") e um terceiro no ciclo paralelo e independente Quinzena dos Realizadores ("Rota de Colisão").
"Estamos bem preparados", garante Vidigal. "Vamos levar cinco funcionários e temos um estande logo na entrada do novo palácio do mercado."
A iniciativa inclui ainda a edição de um catálogo específico que irá enfocar as obras nacionais exibidas no festival.
As 14 projeções concentram-se entre os dias 11 e 18. Um único filme será reprisado: "Hans Staden", de Luiz Alberto Pereira. "A escolha foi por sorteio", explica Vidigal.
"Tinhamos uma projeção extra e não quisemos proteger ninguém", afirma.
O orçamento da operação gira em torno de US$ 70 mil. O Grupo Novo conta neste ano com os apoios da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura de São Paulo e da Petrobrás.


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