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CRÍTICA
Enema é a melhor diversão!
AGAMENON MENDES PEDREIRA
ESPECIAL PARA A FOLHA
Como todos os meus 17 leitores estão cansados de saber, tenho o hábito, a nível de
crítico de cinema, de não assistir aos filmes para não me deixar influenciar pela obra cinematográfica em meu julgamento isento e imparcial.
Por isso estranhei esse convite inusitado para escrever na
Folha mesmo não sendo homossexual. Mas, enfim, aceitei
essa incumbência assim mesmo devido à sua generosa remunerabilidade. Jornalista é
igual à prefeita Marta Suplicy:
vive de bico.
Com a realização da película
"A Taça do Mundo É Nossa", o
grupo Casseta & Planeta mostrou mais uma vez a sua pujança criativa, o seu vigor estético,
a sua verve irreverente levada
às últimas consequências e outros clichês de que eu não estou
me lembrando agora.
Com esse filme, Casseta &
Planeta provou de maneira cabal que está à frente do seu
tempo e atrás também, como,
aliás, se pode ver em várias cenas em que os humoristas aparecem travestidos de mulher.
O filme de Casseta & Planeta
é cheio de preconceitos, insultos gratuitos e piadas chulas.
Mas também tem alguns defeitos: mais uma vez os humoristas fizeram uma obra-prima e
não comeram a Maria Paula.
Apesar de ser uma comédia
hilariante, com alto grau de hilariabilidade esporrante, o filme "A Taça do Mundo É Nossa" encheu-me os olhos de lágrimas recordando da década
de 70, dos anos de chumbo
-quando muita gente levava
ferro. Bons tempos aqueles! Eu
tenho saudade dessa época boa
quando os terroristas não trabalhavam no governo!
Agamenon Mendes de Pedreira é
paulista de fim de semana
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