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São Paulo, domingo, 08 de junho de 2003

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DEBATE

A rede britânica, a norte-americana PBS e a alemã WDR tomam parte de encontro convocado pela TVE do Rio

BBC traz seu modelo à TV pública nacional

LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A TVE do Rio está tomando as rédeas do debate sobre o modelo de emissoras públicas no país. Realizará na próxima quarta e quinta-feira um encontro com intelectuais e representantes do governo Lula, de TVs educativas estaduais e de três redes estrangeiras: a inglesa BBC, a norte-americana PBS e a alemã WDR.
Sob o mote "O Desafio da TV Pública", o grupo buscará meios de gerenciar financeiramente essas estações, manter sua independência em relação aos governos (atualmente responsáveis pela maior parte do sustento) e a qualidade da programação.
"O conceito de TV pública no Brasil é muito novo e precisa evoluir. Por isso convidamos as três TVs públicas estrangeiras, que são mais solidificadas. Assim, poderemos ter um parâmetro para conversar sobre a experiência brasileira", diz Beth Carmona, 46, presidente da TVE.
Além dos enviados dessas emissoras, entre os presentes estarão Jorge da Cunha Lima (TV Cultura), Eugênio Bucci (Radiobrás), Gabriel Priolli (TV PUC de SP), Laurindo Lalo Leal (ONG TVer) e o antropólogo Hermano Vianna. O debate será no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio, apenas para convidados, com cobertura pelo site www.tvebrasil.com.br.

Carmona
Esse será o primeiro encontro de porte nacional produzido na TVE por Carmona, que teve o currículo marcado por dirigir a programação da TV Cultura nos tempos do "Castelo Rá-Tim-Bum" e por atuar em canais internacionais. Escolhida para o cargo pelo ministro Luiz Gushiken (Secom), concilia apoio do Planalto com prestígio no meio.
É considerada hoje um dos principais nomes no projeto das TVs educativas e públicas de formar uma rede nacional.
Em cadeia, as emissoras esperam conquistar mais apoio institucional no mercado, diminuindo suas dificuldades financeiras. A TVE do Rio recebe cerca de R$ 18 milhões do governo federal (a TV Cultura, por exemplo, obtém por volta de R$ 90 mi do Estado de SP). A verba, que seria insuficiente até para os custos do canal, tem de ser complementada por parcerias e apoios institucionais.



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