São Paulo, terça-feira, 08 de junho de 2004

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FILMES

Moonwalker
SBT, 14h30.
 
(Moonwalker). EUA, 1987, 92 min. Direção: Jerry Kramer/Colin Chilvers. Com Michael Jackson, Joe Pesci, Sean Lennon. Super-herói vem à Terra combater o mal. Com música. A fama de Michael Jackson sobreviveu ao filme, o que já é alguma coisa.

O Grande Dragão Branco
Globo, 15h50.
  
(Bloodsport). EUA, 1987, 92 min. Direção: Newt Arnold. Com Jean-Claude van Damme, Donald Gibb, Leah Ayres. Mestre em kung fu vai a Hong Kong, disposto a investigar o desaparecimento de um amigo e, de passagem, disputar violentíssimo torneio de artes marciais. Em suma, o belga Van Damme refaz a trajetória do norte-americano Frank Dux, o primeiro ocidental a vencer o Kumite, o torneio em questão.

O Sobrevivente
SBT, 22h30.
 
(The Running Man). EUA, 1987, 101 min. Direção: Paul Michael Glaser. Com Arnold Schwarzenegger, Maria Conchita Alonso. No ano de 2019, num Estado totalitário (como sempre nesse período), Arnold é escolhido para participar de jogo em que homem desarmado tenta fugir de grupo de atletas assassinos.

Intercine
Globo, 1h25.

Para terça, o espectador é convidado a optar entre dois filmes de Sidney Pollack. São eles: "Entre Dois Amores" (1985, com Meryl Streep, Robert Redford) e "Destinos Cruzados" (1999, com Harrison Ford, Kristin Scott Thomas).

Casa Nova Esmeralda
SBT, 2h30.
   
(De Noche Vienes, Esmeralda). México, 1997, 103 min. Direção: Jaime Humberto Hermosillo. Com Maria Rojo, Claudio Obregon, Martha Navarro. Enfermeira simpática da Cidade do México, Esmeralda (Rojo) é uma mulher que não saber dizer não. Daí seus cinco casamentos. Que seriam seis, não fosse uma denúncia que termina por levá-la à prisão. Comédia de Hermosillo, um dos principais cineastas em atividade no México. A conferir.

Spitfire Grill - O Recomeço
SBT, 4h20.
  
(The Spitfire Grill). EUA, 1996. Direção: Lee David Zlotoff. Com Ellen Burstyn, Marcia Gay Harden. Ex-presidiária consegue emprego no restaurante de uma senhora. Consegue também uma bela amizade com a patroa e despertará o ciúme do sobrinho da mulher, que tentará armar uma para ela. Telefilme. (IA)

TV PAGA

"Cantos Gerais" busca diferentes vozes

DA REDAÇÃO

"Cantos Gerais", nova atração do Canal Brasil, aposta em um formato que, fora do papel, sempre corre o risco de falhar. Transposta para a televisão, o sucesso da crônica/coluna depende, na maioria das vezes, muito mais do carisma de seu autor do que do texto propriamente dito.
De segunda a sexta, o programa traz personalidades de diferentes áreas da cultura brasileira para falar durante cerca de cinco minutos sobre qualquer assunto que lhe interessar.
São eles: o escritor Ariano Suassuna (seg.); o poeta Ferreira Gullar (ter.); o cantor e compositor Kledir Ramil (qua.); a escritora Martha Medeiros (qui.) e o músico Arrigo Barnabé (sex.).
Não é de estranhar que sejam justamente os dois músicos desse elenco -homens acostumados com o espetáculo- que tentam fugir do tedioso, do puro ditado televisivo.
No quadro que vai ao ar amanhã, "Canto de Kledir", por exemplo, o gaúcho tenta engatar um diálogo com o telespectador ao falar sobre diferenças de gerações e a dificuldade para entender a linguagem da filha adolescente. Nada muito original ou diferente do que o cantor já tenha feito em crônicas publicadas em jornais ou revistas. Mesmo que ainda não domine completamente a linguagem das câmeras, Kledir sai-se bem ao usar um tom bem-humorado, na linha "você já passou por isso também?"
Começando seu quadro citando, pela enésima vez, sua "Clara Crocodilo", Arrigo Barnabé adota a tática adotada por nove entre dez professores de colegial que tentam conquistar a empatia de alunos desinteressados: futebol.
Ao falar sobre por que começou a torcer pelo Santos, o paranaense fisga o telespectador (mesmo aquele que não se interessa por futebol) ao evocar lembranças de infância, ingenuidade de criança, família etc. "Comecei a torcer pelo Santos porque achava que tinha muitos santos no time."
(BRUNO YUTAKA SAITO)


CANTOS GERAIS. Quando: de seg. a sex., às 20h, no Canal Brasil.

Rescaldo do CPC guarda obra-prima

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O que terá sobrado do velho Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE? Sem dúvida há algo dele no jornalismo da Globo, nessa maneira de se aproximar do "homem do povo", de dar a palavra a qualquer camponês, supondo que ele tem uma sabedoria, algo a dizer (isso virou um inferno, até porque todo mundo na televisão imita).
Sobrou também "Cinco Vezes Favela" (Canal Brasil, 14h35), que em seus vários episódios traz aspectos da vida no morro nos idos de 1960, isto é, quando se acreditava que lá estavam nossas raízes, problemas e soluções. Todos os episódios têm seu interesse e seus espinhos, com exceção de "Couro de Gato", em que Joaquim Pedro trata de garotos caçando gatos para fazer tamborins. Esse nasceu obra-prima -e assim segue sendo.


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