São Paulo, domingo, 08 de junho de 2008

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DANIEL CASTRO - dcastro@folhasp.com.br

Luciana Gimenez elogia ação do Exército ao prender gay

A apresentadora Luciana Gimenez se viu na última terça envolvida num dos principais acontecimentos da semana: a prisão, pelo Exército, do sargento Laci de Araújo.
Araújo e seu companheiro, o também militar Fernando Figueiredo, assumiram em entrevista à revista "Época" que mantêm uma relação amorosa desde 1997. Eles estavam no "Superpop", ao vivo, contando suas histórias, quando o Exército cercou a Rede TV!, em Barueri (Grande SP), para prender Araújo por deserção.
Luciana falou à Folha sobre o que viu e pensou da ação do Exército.

 

FOLHA - Como foi estar no centro de um acontecimento importante?
LUCIANA GIMENEZ
- Quando o Exército chegou à Rede TV!, eu fiquei um pouco tensa. Senti que o rapaz [Araújo] estava bastante nervoso, ele falou que ia se matar. Sabia que não podia acobertá-lo, mas também não podia permitir que ele fosse preso com violência.

FOLHA - O que você pensou quando te falaram que o Exército cercara a emissora?
LUCIANA
- Pensei que o diretor do programa estava brincando. Eu achei que ele [Araújo] tinha conhecimento do motivo e lhe falei que o Exército estava lá. Ele começou a chorar, disse que não ia se render.

FOLHA - Foi o programa mais tenso da história do "Superpop"?
LUCIANA
- Foi um dos mais tensos. Mas o legal é que o Exército e a Rede TV! agiram com calma. A sensação era a de que todos queriam o melhor.

FOLHA - Você teve medo de que o Exército invadisse seu palco?
LUCIANA
- Por alguns momentos, sim. Mas eles [do Exército] se mostraram muito calmos, cautelosos. Gostei de ver. Foi um trabalho bem profissional.

FOLHA - Você não achou a prisão injusta? Foi por homofobia?
LUCIANA
- Eu não diria que foi uma prisão por homofobia. Ele [Araújo] estava infringindo uma regra, não pode sair do Exército assim, e sabia disso. Regras têm de ser cumpridas. Não vi nenhum maltrato. Não acho que seja esse [homofobia] o motivo [da prisão]. Preconceito é muito feio, mas precisa ser combatido com educação.

FOLHA - O programa foi encurtado por causa da ação do Exército?
LUCIANA
- Não, mas deixou de ser esticado, o que é bonito. A gente não quis fazer sensacionalismo em cima dos rapazes. A gente começou a subir no Ibope e, claro, poderia ter continuado no ar, mas fomos tomados por um sentimento humano: vamos ajudar esse rapaz e o Exército também.

PERGUNTA INDISCRETA

FOLHA - Você conhece SP?
JOÃO EMANUEL CARNEIRO
(autor de "A Favorita", que confunde lugares da cidade) - Sim, já morei aí. "A Favorita" é uma fábula, o que me permite fazer personagens transitarem entre Triunfo e SP em instantes e da zona norte ao Morumbi em menos tempo ainda.

O ENIGMA DE CAPITU
Roberto Price/Folha Imagem
Maria Fernanda e Letícia Persiles, as Capitu

Maria Fernanda Cândido, 34, e Letícia Persiles, 25, viverão Capitu em "Capitu", microssérie baseada em "Dom Casmurro", de Machado de Assis, que a Globo começa a gravar amanhã para exibir no segundo semestre. Luiz Fernando Carvalho, o exigente diretor do programa, conta que a estreante Letícia, a Capitu jovem, foi escolhida durante um show de sua banda de rock. "Capitu, tão repleta de mistérios e enigmas, soava-me desde sempre como uma anunciação", diz ele. Maria Fernanda, a Capitu adulta, foi escalada por trazer "o espírito de uma esfinge" e pelos "olhos de ressaca, assim como os de Letícia". ""Capitu" é uma história contada através dos olhos."

GRAXA É PODER
Craque do marketing (principalmente do próprio), o vice-presidente comercial da Record, Walter Zagari, acaba de incorporar mais um lance ao seu repertório. Uma caixa de engraxate ornamenta sua sala, em um edifício próximo à avenida Paulista. "Quando recebo uma visita que não está com os sapatos brilhando, eu engraxo para ele. Já engraxei os sapatos de três clientes", conta rindo. Zagari foi engraxate dos 10 aos 12 anos.


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