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Governo diz que críticos modificaram o conceito de censura por interesse
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
O Ministério da Justiça rebate o argumento, endossado por
Fausto Silva, de que a classificação indicativa leve à censura.
Segundo o diretor do departamento de Justiça e Classificação, José Eduardo Romão, "inventaram um novo significado para censura, mais conveniente aos interesses que esses "críticos" representam".
"Será que, agora, devemos
encarar como censura toda
ação legítima do Estado que
possa causar prejuízos à audiência do negócio, ou melhor,
à lucratividade do programa?",
pergunta, em texto enviado à
Folha. "As pessoas que trabalham na TV facilmente enxergarão a classificação indicativa
tão somente como uma garantia fundamental contra a baixaria quando conseguirem olhar
para as câmeras e ver, do outro
lado, as necessidades e os direitos dos telespectadores que são
crianças e adolescentes."
As emissoras são contrárias
ao projeto apresentado. A Globo se diz favorável à indicação,
mas sua central de comunicação ressalva que "a portaria do
Ministério da Justiça é impositiva. Constitucionalistas renomados reconhecem que foram
criados mecanismos de proibição. Proibir é censurar. Censura é inconstitucional".
A Abert (associação de emissoras de rádio e TV) também se
diz favorável à classificação,
mas defende que ela não esteja
vinculada a horários e se manifesta contra a análise prévia do
conteúdo dos programas.
(MB)
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