São Paulo, Quinta-feira, 08 de Julho de 1999
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Lourenço cria poesia abstrata

CESAR FASSINA
free-lance para Folha

O desejo de criar um universo abstrato e contraditório faz da nova coleção de Reinaldo Lourenço a dualidade entre o agressivo e o poético. Entre o opaco e o brilho; o leve e o pesado. O tema de partida foi o degradê, aparecendo nas estampas tridimensionais e na beleza -com maquiagem azul nos olhos, referência do melhor da New Wave. Os cabelos eram amassados e enfiados dentro das golas, dando um ar displicente.
A mulher de Lourenço está mais jovem, cheia de laços, nós, franjas, golas de tecidos picotados e aplicados. A sua alta-costura inacabada ganhou navalhadas cirúrgicas, estratégicas fendas e decotes com sensualidade.
A estamparia é deslumbrante, com inspiração em programação de computador e em um maiô de banho dos anos 60. A suavidade das cores do amanhecer e do pôr-do-sol (rosa, amarelo, branco) contrastavam com o roxo, cor de destaque do desfile. O preciso styling é da inglesa Julie Verhoeven.


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