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Comentário/ 3ª Jornada Brasileira do Filme Silencioso
Jornada é muda, mas não silenciosa
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
A Jornada Brasileira do Filme Silencioso já se firmou como um dos principais eventos
cinematográficos de São Paulo,
por mais que "silencioso" me
pareça substituto tão educado
quanto manco para "mudo".
A prova vem da organização,
que dá ênfase ao acompanhamento musical, mais uma vez
sob a responsabilidade de Livio
Tragtemberg, que faz parte de
todas as sessões da Sala
BNDES, a principal da Cinemateca Brasileira..
Na Cinemateca, conferência
de Caroline Patte, hoje, às 17h,
fala do trabalho de preservação
levado pelos Arquivos Franceses do Filme, instituição criada
em 1969. Às 19h, sessão com filmes dos Lumière, inventores
do cinema, dá visão poderosa
sobre o que criaram.
Alguns filmes prometem ser
imperdíveis: "O Homem do
Mar" (1920), de Marcel L'Herbier, "Maldone" (1928), de Jean
Grémillon, "Salammbô"
(1925), de Pierre Morodon
-versão de Flaubert-, "The
Patsy" ("Filhinha Querida"), de
King Vidor (1928).
Sem falar da série de filmes
anarquistas franceses, que valem por seu valor de registro
(mas não só por isso).
Um momento especial se dará na Sala São Paulo, dos dias 13
a 16, quando "Études sur Paris"
(1926) ("Estudos sobre Paris"),
filme de André Sauvage, receberá a partitura original do brasileiro Almeida Prado. Ainda
uma prova de que, embora mudos, esses filmes não são necessariamente silenciosos.
3ª JORNADA BRASILEIRA DE CINEMA SILENCIOSO
Onde: Cinemateca Brasileira (lgo.
Senador Raul Cardoso, 207; tel. 0/
xx/11/3512-6111) e Sala São Paulo
(pç. Julio Prestes, 16 ; tel. 0/xx/
11/3223-3966)
Quando: Até 16/8
Quanto: grátis na Cinemateca; de
R$ 30 a R$ 104 na Sala São Paulo
Classificação: 12 anos
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