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CASA, COMIDA E ROUPA LAVADA
Uma tarde no novo Hotel Fasano
"Tudo o que não foi escolhido por mim vai dar problema", brinca Rogério Fasano,
41, porque os elevadores do
novo Hotel Fasano pararam.
Era a tarde de sexta, e a coluna
tinha ido conhecer o prédio de
22 andares, nos Jardins, que
começa a funcionar hoje.
"Vai demorar uns 15 dias
para estar em ordem", amenizava o pai, Fabrizio Fasano,
68. Um investimento de R$ 50
milhões, o empreendimento é
fruto de parceria entre a família e João Paulo Diniz. Cada
um entrou com R$ 15 milhões.
O resto veio do BNDES.
O hotel dá nova dimensão à
palavra "luxo". Rogério achou
a mobília em oito viagens com
Isay Weinfeld, que assina a decoração com Márcio Kogan.
De Paris trouxe as 60 poltronas club chair do lobby. Da
Itália, 54 mapas do século 19
que estão nas paredes. De
Londres, os tijolos da fachada
e da recepção. Encomendou
150 mil deles, que, feitos à
mão, levaram um ano e meio
para ficar prontos. Sobre duas
lareiras há livros de turismo, a
maioria em francês e italiano.
"Não existem grandes guias
na nossa língua", diz o restaurateur. No bar há conhaques
difíceis de achar no país, como
o Remy Martin Louis 13, envelhecido até cem anos. Preço da
dose: R$ 700. Quase o dobro
do salário da ajudante de limpeza Roberta Rodrigues, 21.
Como toda a equipe, usa uniformes com desenho de Ocimar Versolato. "Não sei quem
é", diz. É seu primeiro emprego com carteira assinada."Quero crescer aqui."
O hotel conta com 64 quartos. Os de 35mē têm diária de
US$ 280. Os maiores, de
130mē, ocupam um andar inteiro e valem US$ 800. O novo
restaurante Fasano fica no térreo. Consumiu R$ 7 milhões.
Perto dos banheiros, um vidro
fosco dá para a cozinha. Ao toque de um botão, fica transparente. Como os da nova loja
Prada de Nova York. Cerca de
4.000 pessoas foram convidadas para conhecer o lugar no
fim de semana. A família compareceu em peso. Menos Andrea Fasano: foi convocada de
última hora para organizar o
bufê de uma festa no Rio.
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