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FILMES
Intercine
Globo, 1h55.
O inédito "Meu Adorável Sonhador" (Just
the Ticket, França/EUA, 1999, dirigido
por Richard Wenk, com Andy Garcia,
Andie MacDowell) e a reprise "Servindo
em Silêncio" (Serving in Silence: The
Margarethe Cammermeyer Story, EUA,
1995, dirigido por Jeff Bleckner, com
Glenn Close, Judy Davis) são os
candidatos a passar nesta quarta-feira.
O Submundo
SBT, 2h35.
(The Underworld). EUA, 1997. Direção:
Rod Holcomb. Com Kevin Pollak, Josh
Charles, Felicity Huffman, Chris
Sarandon. Ao sair da cadeia (pagando
pelo crime de outro), ex-bandido quer
abandonar o crime e influenciar ex-colegas para que façam o mesmo. Mas
nem todos querem vê-lo na boa. Filme
para TV, escrito por Christopher
McQuerrie, o mesmo de "Os Suspeitos"
-do qual também participou Pollak.
Caçador de Kickboxers
Globo, 3h50.
(Bounty Tracker). EUA, 1993. Direção:
Kurt Anderson. Com Lorenzo Lamas,
Matthias Hues, Cyndi Pass. Johnathan
Damone (Lamas) é um caçador de
recompensas que tem seu irmão morto
pela bandidagem. A partir daí, toma a
atitude padrão nesse tipo de filme: vai à
forra.
O Velho e o Mar
SBT, 4h.
(The Old Man and the Sea). EUA, 1958, 86
min. Direção: John Sturges. Com Spencer
Tracy, Felipe Pazos. O filme conta a épica
batalha de um pescador contra o mar e
seus elementos, na busca por um peixe
que ele está decidido a pescar. Filme
baseado no romance de Ernest
Hemingway, que, apesar de todo mundo
achar infilmável, teve mais três versões
(incluindo uma búlgara) depois desta.
Bem, todo mundo tinha razão. Só para
São Paulo.
Religiosidade e perversão
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DE CINEMA
Que os personagens de
Buñuel têm mais de uma
cara, não há nenhuma dúvida. O problema é saber que
caras são essas, já que normalmente o que melhor os
define é um certo retiro, onde não se deixam ver.
Assim é o Don Lopez
(Fernando Rey) de "Tristana" (Telecine Classic, 21h).
Assim é a própria Tristana,
aliás Catherine Deneuve. Os
dois são possivelmente os
atores mais buñuelescos
que já existiram. Podemos
olhar durante dias para o
rosto de Deneuve e nada ali
parece se passar. No entanto, se passa. Desde ser a jovem agregada que se deixa
seduzir pelo velho até trocá-lo pelo jovem Franco Nero,
até voltar ao velho.
Em Buñuel como em
Hitchcock, no mais, a perversidade espreita os personagens. O desvio pelo perverso é como que um corolário obrigatório da religião.
SÉRIE
Novo "reality" mostra rotina em aeroporto
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REDAÇÃO
Há certas situações, principalmente quando se trata de atendimento ao consumidor, que acreditamos só acontecerem no Brasil. "Linha Aérea", série que mostra o cotidiano de uma companhia aérea norte-americana, conta outra história: o dito Primeiro
Mundo também se move a "burrocracia" e "jeitinho".
O episódio de estréia começa
com a discussão, no check-in, entre uma supervisora e um casal
que não quer pagar a passagem de
seu filho de colo. A supervisora
sustenta que os pais precisam
provar que o bebê tem menos de
18 meses. Sem documentos, os
obriga a ligar para o hospital onde
a criança nasceu, sem efeito.
Meia hora de discussão depois,
com os pais fazendo um escândalo e o vôo partindo em dez minutos, Anita informa ao casal que
eles podem ser reembolsados se,
posteriormente, mostrarem a certidão de nascimento.
Uma vez embarcados, a supervisora explica a situação para a câmera: "Às vezes dá pra saber a
idade do bebê só pelo rosto, mas
não no caso daquele... a menos
que ela [a mãe] fosse boazinha."
A série, que, como quase tudo
nestes dias, é vendida como "reality show", tem momentos interessantes, como um comissário
que afirma se encaixar "no estereótipo" ("35 anos, solteiro e comissário de bordo"; a conclusão é
deixada para o espectador) e uma
gerente de atendimento que precisa localizar uma celebridade
pop no aeroporto e, no minuto seguinte (em feliz ironia), lidar com
o resultado da diarréia de um cão.
Tem também comissários de
bordo que cantam e fazem piadas
durante o vôo, supervisoras que
precisam lidar com passageiros-problema e situações do cotidiano de um grande aeroporto, local
sempre propício a boas histórias.
Para quem gosta do estilo "a vida
como ela (supostamente) é", dessa vez na aviação, fica diante de
um prato cheio.
LINHA AÉREA. Quando: estréia hoje, às
22h, no A&E Mundo
Excepcionalmente hoje não é publicada
a coluna de Esther Hamburguer
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