São Paulo, quinta-feira, 08 de setembro de 2011 |
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Nelson Freire e Osesp resgatam ternura de obra de Schumann Pianista e orquestra vão apresentar "Concerto em Lá Menor" JOÃO BATISTA NATALI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Nelson Freire, 66, será, de hoje a sábado, o solista da Osesp em uma composição do alemão Robert Schumann (1810-1856) que, para ele, "expressa muita ternura". O "Concerto em Lá Menor", op. 54, foi uma das quatro obras do compositor para piano e orquestra, mas foi o único verdadeiro concerto, em três movimentos e inspiradíssimo conteúdo melódico. A Osesp estará sob a regência do francês Louis Langrée, 40, um dos nomes em rápida ascensão internacional e que, em abril do ano passado, dirigiu a orquestra paulista num bem-sucedido programa sobre Beethoven. Por coincidência, foi Langrée quem regeu o último compromisso de Nelson Freire, há 18 dias, em Nova York, com um "Concerto nº 4", de Beethoven (1770-1827), no festival Mostly Mozart. O pianista brasileiro também se apresenta, no próximo dia 25, com a Sinfônica de Londres, regida por Valery Gergiev. E, ainda em agenda prestigiosíssima, solará "Noites no Jardim da Espanha", de Manuel de Falla (1876-1946), com a orquestra Concertgebow, de Amsterdã. DESAFIO Mas voltemos ao concerto de Schumann, lançado em 1846. Nelson Freire diz tê-lo estudado e interpretado pela primeira vez aos 22 anos, quando se apresentou com a Filarmônica de Munique. É uma peça bastante consagrada no repertório. Para o pianista, no entanto, quem sobressai, entre as dezenas de intérpretes, é a também brasileira Guiomar Novaes (1894-1979), que a gravou em 1957, com a Filarmônica de Nova York. Freire diz ser um concerto bastante singular, a começar pela indicação de andamento do primeiro movimento -"Allegro Affettuoso"-, que nenhum compositor utilizou. A ternura, diz ele, concentra-se sobretudo no movimento seguinte, enquanto o movimento final traz para o intérprete dificuldades de que o público raramente se dá conta. A vinda de Freire a São Paulo foi programada apenas há pouco mais de um mês. A Osesp contava com o pianista britânico Steven Osborne, que faria um dos concertos de Rachmaninov (1873-1943), mas precisou cancelar por problemas pessoais. Além da composição para piano, o maestro Langrée e a Osesp trazem no mesmo programa duas outras peças: o poema sinfônico "Pelléas e Mélisande", de Arnold Schoenberg (1874-1951), e a "Abertura Trágica", de Brahms. OSESP E NELSON FREIRE QUANDO hoje e amanhã, às 21h; sáb., às 16h30 ONDE Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, 16; tel. 0/xx/11/3223-3966) QUANTO de R$ 24 a R$ 135 CLASSIFICAÇÃO 7 anos Texto Anterior: Rabino e físico discutem o poder do acaso hoje na Bienal do Livro Próximo Texto: Teatro: Peça mostra rotina de homem-cachorro Índice | Comunicar Erros |
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