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NETVOX
A busca coletiva de Alexa
MARIA ERCILIA
do Universo Online
Alexa está instalada no meu
computador, fazendo companhia ao Netscape. É uma barrinha cinza, com uns poucos
botões azuis.
Quando acesso um endereço
qualquer, Alexa me informa se
ele está entre os dez, ou entre
os mil, ou 10 mil mais populares da Internet.
Também me diz quantas páginas tem, com que frequência
é atualizado e me mostra um
mapa das páginas.
Se gostei do site, posso clicar
em Alexa e dar um voto a favor.
Mas a melhor função de Alexa são suas listinhas de endereços. A cada site, elas mudam.
Se estou na HotWired, me recomenda endereços visitados
por leitores da revista.
Se estou na PCMagazine, a
listinha já é outra, e assim por
diante.
Em alguns momentos, Alexa
chegou a me ajudar a descobrir sites que me interessaram
mesmo. Em outros, nem tanto.
Alexa (www.alexa.com) parece trabalhar para você, mas,
na verdade, você trabalha para ela o tempo todo.
Ela vai acompanhando o caminho que você traça na Web
e o usa para recomendar sites
a outros usuários. Seus autores
juram que o anonimato é garantidíssimo.
Mas, como Alexa ainda é
muito jovem -o programa foi
lançado há muito pouco tempo-, ainda está meio crua.
Funciona melhor nos sites
americanos e, mesmo assim,
nos mais manjados.
Nos brasileiros, dá um resultado meio irregular. Para melhorar, Alexa depende de mais
gente usando o programa e
mandando informações para o
seu banco de dados.
Alexa é um filhote do Internet Archive (www.archive.org), a idéia megalomaníaca de Brewster Kahle, de arquivar a Internet inteira.
Ele já tem seis terabytes de
páginas (6 milhões de megabytes) -há um ano e pouco, disse que a Internet toda não era
tão grande assim e não teria
mais de um terabyte e meio...
Kahle é o criador do WAIS
(Wide Area Information Server), que no começo da Internet era o único instrumento de
busca que havia.
Alexa funciona em conjunto
com o Archive. Se você vai
acessar uma página que está
morta, mas que foi guardada
nele, ela traz a página do arquivo.
Alexa tem uma forma interessante de combinar vários
sistemas de organização da
Web.
Tem um "crawler" (programa que indexa sites -veja informações sobre ele no
http://www.alexa.com/company/technology.html).
Tem um sistema de recomendação tipo Firefly: os usuários
votam nos sites que preferem,
gerando listas de sites
"afins".
Tem também uma tecnologia que coleta rastros anônimos de usuários, identificando
padrões de investigação.
Tem uma ligação com a Web
"morta", por meio do Internet Archive.
Ainda tem um método de
análise de texto, agrupando sites que têm muitas palavras
em comum.
Finalmente, você pode mandar mensagens para outros
usuários de Alexa, estilo ICQ.
Mas a maior esperteza de
Alexa é pegar carona na navegação alheia: ela se alimenta
dos passeios de cada um.
Imagine milhares, milhões
de caminhos descritos pela
Web afora, formando redes
dentro da rede.
Um programa como esse pode capturar essas minirredes e
fazer com que os passos de uns
sejam seguidos por outros, colocando cada usuário em contato com incontáveis experiências anônimas.
Números, números...
Para quem gosta de estatísticas, o site de Alexa reuniu várias -o endereço é
http://www.alexa.com/company/internet-stats.html
WEB ARTE
E tem gente que acha que Web
arte não existe. Vai preparando o
Photoshop que agora tem até concurso -as inscrições vão até 20 de
outubro.
Você pode mandar a sua pelo site
da Casa das Rosas (http://www.dialdata.com.br/casadasrosas/00welc.htm).
Só valem os trabalhos realizados
a partir de 96 e que não tenham
sido premiados em outro concurso. Quem ganhar leva US$ 6 mil. O
segundo colocado, US$ 4 mil e o
terceiro, US$ 2 mil. Os trabalhos
ficam expostos no site da Casa das
Rosas.
SUPERBAD FAZ WEB ARTE SEM MEDO DO MAL GOSTO
O amor é lindo. Duvida? Clique em Superbad
(www.superbad.com). Não se
assuste com a abertura -depois só piora... É Web arte sem clichês de design e sem medo do mau gosto
CYBERSEXO
O Festival Mix Brasil deste ano
vem todo moderno e tecnológico.
Vai ter videoconferência no fim de
cada exibição, onde o público vai
poder se comunicar com os realizadores dos filmes que serão apresentados -pela primeira vez o
festival vai acontecer ao mesmo
tempo em São Paulo e em Nova
York (entre os dias 6 e 13 de novembro).
E tem mais -está na programação a seleção de curtas "Tecnoperformance para o século 21",
que traz uma série de filmes sobre
relacionamentos, tecnologia, comunicação e novas mídias.
E-mail: netvox@uol.com.br
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