RODOLFO LUCENA
Editor de Informática

No final da semana passada, o Municipal de São Paulo viveu um grande momento, com a apresentação da soprano Natalia Margarit, estrela da Ópera Nacional da Moldávia (ex-URSS).
Junto ao Coral Lírico e à Orquestra Sinfônica Municipal, ela encheu de emoção o -pequeno- público.
Logo na primeira música, uma ária de "Tosca", ela arrebatou a platéia com sua voz doce e uma interpretação emocionada. Os agudos viriam mais tarde, em "O, Patria Mia", de "Aida". A cena culminou no primeiro bis, em que fez do corpo um instrumento, abriu os braços, movimentou a cabeleira, deu passos nervosos, passando a fúria e a paixão da princesa Turandot.
Ela, claro, foi a rainha da noite, mas a orquestra e o coral também tiveram chance no programa, montado com alguns dos mais belos momentos da ópera.
O lado grandioso ficou para o coral, com o poderoso "Va, Pensiero" e, na abertura da segunda parte, com "A Cavalgada das Valquírias".
Regendo tudo, o especialista em óperas Tullio Colacioppo, havia seis anos distante do Municipal.

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