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TV
Bilionário americano tenta viabilizar versão nacional de show em que candidatos disputam vaga para ser seu assistente
Trump pode trazer "reality show" ao Brasil
TETÉ RIBEIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O bilionário Donald Trump,
que estreou ontem o "reality
show" "The Apprentice", na
NBC, quer fazer uma versão brasileira do programa.
"Uma grande emissora de TV
nos procurou, mas ainda não fechamos nenhum contrato. O plano é real, o programa vai acontecer", disse à Folha Roberto Bellino, presidente da Trump Realty
Brazil. Por estar ainda em negociação, o executivo não quis revelar o nome da rede brasileira de
televisão que estaria interessada.
Sua empresa cuida do primeiro
negócio de Donald Trump -que
tem fortuna avaliada em US$ 1,9
bilhão, segundo a revista "Forbes"- no país, um condomínio
residencial batizado de Villa
Trump, na área de Itatiba, a 90 km
de São Paulo. Terá dois campos
de golfe e área total de 2,5 milhões
de metros quadrados, a ser inaugurado em 2006. Cada lote deve
custar US$ 200 mil. "O esporte está ganhando uma dimensão que
nunca teve no Brasil, muito graças
a essa iniciativa", aposta Bellino.
"The Apprentice", ou "O
Aprendiz", é um dos programas
mais anunciados da nova temporada de TV dos EUA, que começou nesta semana. O anúncio vai
ao ar em quase todos os intervalos
dos programas da rede NBC, além
de antes dos principais filmes em
cartaz nos cinemas.
A parceria entre Mark Burnett,
criador de "Survivor" (que serviu
de inspiração para o brasileiro
"No Limite"), e Donald Trump
promete ser um teste de sobrevivência no mercado financeiro de
Nova York, o mais competitivo
do mundo. Ou, como define o
empresário, "uma entrevista de
emprego que dura 13 semanas".
Os 16 candidatos concorrem à
chance de trabalhar como assistente de Trump por um ano, com
salário anual de US$ 250 mil -R$
60,4 mil por mês. Para isso, testam
suas habilidades nos negócios em
cada um dos 15 episódios da série.
A cada semana um deles é demitido pelo empresário, e os outros
recebem um "mimo".
Para Burnett, em entrevista à rede CNN, a tensão que as entrevistas vão gerar nos espectadores será o trunfo para o sucesso do programa: "Todos vão poder se identificar [com as entrevistas], porque todos nós já passamos pelo
mesmo. Obviamente, muitos
também já foram demitidos".
No primeiro episódio, em que
os candidatos passam a tarde vendendo limonada nas ruas de Manhattan, os 15 que não foram eliminados têm a chance de conhecer a penthouse da Trump Tower,
uma das casas do empresário e "o
melhor apartamento de Manhattan", segundo o próprio.
"Na versão brasileira, o vencedor ganha um emprego na
Trump Realty Brazil, tem oportunidade de fazer um estágio em
Nova York e receberá um salário
de R$ 100 mil ao ano", diz Bellino.
"Donald está muito entusiasmado. Como é um homem de
imagem, sabe que a sua é o produto mais valioso da empresa." No
programa nacional, o empresário
seria responsável pela eliminação
dos candidatos, que devem saber
falar inglês fluentemente para
concorrer à vaga.
Colaborou Cíntia Cardoso, de Nova York
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