São Paulo, sexta-feira, 09 de janeiro de 2004

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TV

Bilionário americano tenta viabilizar versão nacional de show em que candidatos disputam vaga para ser seu assistente

Trump pode trazer "reality show" ao Brasil

TETÉ RIBEIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O bilionário Donald Trump, que estreou ontem o "reality show" "The Apprentice", na NBC, quer fazer uma versão brasileira do programa.
"Uma grande emissora de TV nos procurou, mas ainda não fechamos nenhum contrato. O plano é real, o programa vai acontecer", disse à Folha Roberto Bellino, presidente da Trump Realty Brazil. Por estar ainda em negociação, o executivo não quis revelar o nome da rede brasileira de televisão que estaria interessada.
Sua empresa cuida do primeiro negócio de Donald Trump -que tem fortuna avaliada em US$ 1,9 bilhão, segundo a revista "Forbes"- no país, um condomínio residencial batizado de Villa Trump, na área de Itatiba, a 90 km de São Paulo. Terá dois campos de golfe e área total de 2,5 milhões de metros quadrados, a ser inaugurado em 2006. Cada lote deve custar US$ 200 mil. "O esporte está ganhando uma dimensão que nunca teve no Brasil, muito graças a essa iniciativa", aposta Bellino.
"The Apprentice", ou "O Aprendiz", é um dos programas mais anunciados da nova temporada de TV dos EUA, que começou nesta semana. O anúncio vai ao ar em quase todos os intervalos dos programas da rede NBC, além de antes dos principais filmes em cartaz nos cinemas.
A parceria entre Mark Burnett, criador de "Survivor" (que serviu de inspiração para o brasileiro "No Limite"), e Donald Trump promete ser um teste de sobrevivência no mercado financeiro de Nova York, o mais competitivo do mundo. Ou, como define o empresário, "uma entrevista de emprego que dura 13 semanas".
Os 16 candidatos concorrem à chance de trabalhar como assistente de Trump por um ano, com salário anual de US$ 250 mil -R$ 60,4 mil por mês. Para isso, testam suas habilidades nos negócios em cada um dos 15 episódios da série. A cada semana um deles é demitido pelo empresário, e os outros recebem um "mimo".
Para Burnett, em entrevista à rede CNN, a tensão que as entrevistas vão gerar nos espectadores será o trunfo para o sucesso do programa: "Todos vão poder se identificar [com as entrevistas], porque todos nós já passamos pelo mesmo. Obviamente, muitos também já foram demitidos".
No primeiro episódio, em que os candidatos passam a tarde vendendo limonada nas ruas de Manhattan, os 15 que não foram eliminados têm a chance de conhecer a penthouse da Trump Tower, uma das casas do empresário e "o melhor apartamento de Manhattan", segundo o próprio.
"Na versão brasileira, o vencedor ganha um emprego na Trump Realty Brazil, tem oportunidade de fazer um estágio em Nova York e receberá um salário de R$ 100 mil ao ano", diz Bellino.
"Donald está muito entusiasmado. Como é um homem de imagem, sabe que a sua é o produto mais valioso da empresa." No programa nacional, o empresário seria responsável pela eliminação dos candidatos, que devem saber falar inglês fluentemente para concorrer à vaga.


Colaborou Cíntia Cardoso, de Nova York


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