São Paulo, sexta-feira, 09 de janeiro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

DOCUMENTÁRIO

"Close-Up" focaliza a vida de Sean Connery

BRUNO GHETTI
DA REDAÇÃO

Sean Connery é um daqueles tipos raros de ator -como Marlon Brando e Montgomery Clift- que conseguem aliar beleza e talento dramático em dose abundante. Também é daquele tipo de gente -como Cary Grant e Paul Newman- que envelhece tão bem que parece até "melhorar" com o tempo.
O ator que, em 1989 -então aos 59 anos-, foi eleito pela revista "People" como "o homem mais sexy do mundo" é o biografado no documentário "Sean Connery Close-Up", que o Eurochannel exibe hoje, às 15h.
Nascido em Edimburgo (Escócia) em 1930, filho de operários, Connery teve uma infância marcada por privações; começou a trabalhar já aos 9 anos de idade.
Com 20 e poucos anos, começou a atuar no teatro e TV britânicos, até que seu talento (e dotes físicos) foram reconhecidos por Lana Turner. A atriz o convidou para ir a Hollywood atuar no drama "Vítima de uma Paixão" (1958), em que viveria seu par romântico.
Com o seu porte atlético, Connery parecia o "americano ideal", e talvez o ator até pudesse ter tido tal persona cinematográfica -não fosse seu indisfarçável e resistente sotaque escocês.
Em 1962, Connery passou em um disputadíssimo teste para interpretar aquele que seria seu mais memorável papel no cinema. Seu nome? "Bond, James Bond." Era o início de uma carreira de imenso sucesso, nos filmes do agente 007 ou em trabalhos como "O Homem que Queria Ser Rei" (1975), de John Huston, e "Os Intocáveis" (1987), de Brian De Palma, pelo qual ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante.
O documentário revela algumas curiosidades sobre o ator, como sua participação em um concurso de Mister Universo na juventude (foi o segundo colocado), o seu lado cineasta (rodou um documentário nos anos 60 sobre as condições de trabalho na Escócia) e, ainda, a sua vida privada com a segunda mulher, Micheline Roquebrune (com quem mora há mais de 20 anos em uma luxuosa propriedade na costa espanhola).
Com depoimentos do próprio Connery e elogios rasgados de Alec Baldwin, Kim Basinger, Ed Harris, Tippi Hedren, Sidney Lumet e outros, o documentário é um pouco desatualizado (o ator ainda não era sir Sean Connery na ocasião) e tem a costumeira superficialidade das biografias de celebridades feitas para a TV.
Mesmo assim, vale a pena uma conferida, nem que por fidelidade ao biografado.


SEAN CONNERY CLOSE-UP. Quando: hoje, às 15h, no Eurochannel.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Carlos Heitor Cony: A camponesa que se tornou rainha
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.