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DOCUMENTÁRIO
"Close-Up" focaliza a vida de Sean Connery
BRUNO GHETTI
DA REDAÇÃO
Sean Connery é um daqueles tipos raros de ator -como Marlon
Brando e Montgomery Clift-
que conseguem aliar beleza e talento dramático em dose abundante. Também é daquele tipo de
gente -como Cary Grant e Paul
Newman- que envelhece tão
bem que parece até "melhorar"
com o tempo.
O ator que, em 1989 -então aos
59 anos-, foi eleito pela revista
"People" como "o homem mais
sexy do mundo" é o biografado
no documentário "Sean Connery
Close-Up", que o Eurochannel
exibe hoje, às 15h.
Nascido em Edimburgo (Escócia) em 1930, filho de operários,
Connery teve uma infância marcada por privações; começou a
trabalhar já aos 9 anos de idade.
Com 20 e poucos anos, começou a atuar no teatro e TV britânicos, até que seu talento (e dotes físicos) foram reconhecidos por
Lana Turner. A atriz o convidou
para ir a Hollywood atuar no drama "Vítima de uma Paixão"
(1958), em que viveria seu par romântico.
Com o seu porte atlético, Connery parecia o "americano ideal",
e talvez o ator até pudesse ter tido
tal persona cinematográfica
-não fosse seu indisfarçável e resistente sotaque escocês.
Em 1962, Connery passou em
um disputadíssimo teste para interpretar aquele que seria seu
mais memorável papel no cinema. Seu nome? "Bond, James
Bond." Era o início de uma carreira de imenso sucesso, nos filmes
do agente 007 ou em trabalhos como "O Homem que Queria Ser
Rei" (1975), de John Huston, e
"Os Intocáveis" (1987), de Brian
De Palma, pelo qual ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante.
O documentário revela algumas
curiosidades sobre o ator, como
sua participação em um concurso
de Mister Universo na juventude
(foi o segundo colocado), o seu lado cineasta (rodou um documentário nos anos 60 sobre as condições de trabalho na Escócia) e,
ainda, a sua vida privada com a
segunda mulher, Micheline Roquebrune (com quem mora há
mais de 20 anos em uma luxuosa
propriedade na costa espanhola).
Com depoimentos do próprio
Connery e elogios rasgados de
Alec Baldwin, Kim Basinger, Ed
Harris, Tippi Hedren, Sidney Lumet e outros, o documentário é
um pouco desatualizado (o ator
ainda não era sir Sean Connery na
ocasião) e tem a costumeira superficialidade das biografias de
celebridades feitas para a TV.
Mesmo assim, vale a pena uma
conferida, nem que por fidelidade
ao biografado.
SEAN CONNERY CLOSE-UP. Quando:
hoje, às 15h, no Eurochannel.
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