São Paulo, sábado, 9 de janeiro de 1999

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Para o baterista do Cake, o importante é estar nas FMs

LEANDRO FORTINO
da Redação

A banda que regravou o clássico da disco "I Will Survive", de Gloria Gaynor. É essa a referência que muita gente tem do quinteto californiano Cake, que lançou no Brasil no final do ano passado seu terceiro CD, "Prolonging the Magic".
O álbum já tem um hit nas rádios mais roqueiras de São Paulo, a balada "Never There". Dessa vez, tanto essa quanto as outras 12 faixas foram escritas pela própria banda, que, segundo o seu baterista Todd Roper, não se importa em ter se tornado conhecida apenas por causa da versão de sucesso.
"A música ficou muito mais popular internacionalmente do que nos EUA. Tocamos "I Will Survive' há mais tempo que "The Distance', nosso primeiro hit, desde que tínhamos apenas três músicas, em bares de Sacramento (capital da Califórnia), e ainda a tocamos todas as noites. A nossa versão é bem boa, e qualquer coisa que nos coloque nas rádios está valendo", diz.
No novo disco há algumas mudanças na formação: o guitarrista Greg Brown foi substituído por Xan McCurdy e formou, ao lado do ex-baixista do Cake, Victor DeLeoni, o "Death Ray", contratado pela mesma gravadora do grupo, a PolyGram (atual Universal).
"O novo CD não soaria igual se ainda estivéssemos com Greg e Victor. Com a saída deles fomos a outras direções e chamamos vários músicos que trouxeram novas influências. Deixamos que o disco seguisse o seu próprio caminho."
Roper parece não temer a responsabilidade de repetir o sucesso do disco anterior, "Fashion Nugget". Na verdade, ele espera superar as milhares de cópias vendidas no planeta com o novo álbum.
"Não tivemos pressão da gravadora. A única pressão foi imposta por nós mesmos. Queríamos fazer um bom disco, e a gravadora nos deixou sozinhos para isso."
As apresentações no país, anunciadas para o ano passado, devem demorar ainda o ano inteiro, já que o grupo andou enfrentando problemas com uma marca de cerveja, que usou a versão da banda de "Perhaps" sem autorização.
"Temos um processo que está em andamento. Talvez estejamos aí no fim de 99. Eles usaram a nossa versão e apenas trocaram o vocal. É melhor que estejam nos esperando com um cheque na mão quando chegarmos", afirma.



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