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Para o baterista do Cake, o importante é estar nas FMs
LEANDRO FORTINO
da Redação
A banda que regravou o clássico
da disco "I Will Survive", de Gloria
Gaynor. É essa a referência que
muita gente tem do quinteto californiano Cake, que lançou no Brasil no final do ano passado seu terceiro CD, "Prolonging the Magic".
O álbum já tem um hit nas rádios
mais roqueiras de São Paulo, a balada "Never There". Dessa vez,
tanto essa quanto as outras 12 faixas foram escritas pela própria
banda, que, segundo o seu baterista Todd Roper, não se importa em
ter se tornado conhecida apenas
por causa da versão de sucesso.
"A música ficou muito mais popular internacionalmente do que
nos EUA. Tocamos "I Will Survive'
há mais tempo que "The Distance',
nosso primeiro hit, desde que tínhamos apenas três músicas, em
bares de Sacramento (capital da
Califórnia), e ainda a tocamos todas as noites. A nossa versão é bem
boa, e qualquer coisa que nos coloque nas rádios está valendo", diz.
No novo disco há algumas mudanças na formação: o guitarrista
Greg Brown foi substituído por
Xan McCurdy e formou, ao lado
do ex-baixista do Cake, Victor DeLeoni, o "Death Ray", contratado
pela mesma gravadora do grupo, a
PolyGram (atual Universal).
"O novo CD não soaria igual se
ainda estivéssemos com Greg e
Victor. Com a saída deles fomos a
outras direções e chamamos vários
músicos que trouxeram novas influências. Deixamos que o disco
seguisse o seu próprio caminho."
Roper parece não temer a responsabilidade de repetir o sucesso
do disco anterior, "Fashion Nugget". Na verdade, ele espera superar as milhares de cópias vendidas
no planeta com o novo álbum.
"Não tivemos pressão da gravadora. A única pressão foi imposta
por nós mesmos. Queríamos fazer
um bom disco, e a gravadora nos
deixou sozinhos para isso."
As apresentações no país, anunciadas para o ano passado, devem
demorar ainda o ano inteiro, já que
o grupo andou enfrentando problemas com uma marca de cerveja,
que usou a versão da banda de
"Perhaps" sem autorização.
"Temos um processo que está em
andamento. Talvez estejamos aí no
fim de 99. Eles usaram a nossa versão e apenas trocaram o vocal. É
melhor que estejam nos esperando
com um cheque na mão quando
chegarmos", afirma.
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