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Ducasse é rebaixado no "Michelin"
COLUNISTA DA FOLHA
Como em todo mês de março, o
mundo gastronômico francês viu
acabar esta semana o suspense
que sempre antecede a edição do
guia "Michelin", o mais respeitado e tradicional guia de restaurantes e hotéis do mundo.
A mais rumorosa surpresa desta
edição 2001: Alain Ducasse, que
havia se tornado o primeiro chef a
receber "seis estrelas" do guia em
98 (três estrelas a cotação máxima
em dois restaurantes), perdeu
uma delas. O restaurante Le Louis
15, do principado de Mônaco, foi
rebaixado a duas estrelas. Seu restaurante parisiense, que leva seu
nome, manteve-se no topo.
Mas outro chef recebeu o status
de seis estrelas: Marc Veyrat, que
agora tem a cotação máxima em
seus dois restaurantes: o Auberge
de l'Eridan, nos Alpes franceses
(três estrelas desde 1995), e o La
Ferme de Mon Père, na estação de
esqui de Megève.
Com isso, os holofotes se dirigem para Veyrat, um cozinheiro
de talento indiscutível. Nascido
no interior do país e criado numa
fazenda, ele chegou a frequentar
uma escola de hotelaria, mas não
terminou o curso. Ao contrário de
outros chefs, ele não fez o "tour de
France", o giro por diferentes restaurantes para aperfeiçoar sua
formação. Começou no seu L'Auberge de L'Eridan, onde serve
pratos criativos com combinações de poucos ingredientes e a
interferência de ervas locais.
Há uma diferença entre a situação de Ducasse, que toca simultaneamente seus restaurantes, e a
de Veyrat. Este cuida de um de cada vez: o Auberge funciona de
abril a novembro; o novo ponto,
de 99, de dezembro a abril, e ambos com a mesma equipe.
Outro rebaixamento foi o do À
La Cote Saint-Jacques, do chef
Jean-Michel Lorain, em Joigny,
que mantinha três estrelas desde
86 e perdeu uma.
(JM)
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