São Paulo, domingo, 09 de abril de 2006

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COLEÇÃO FOLHA

Abertura de "A Flauta Mágica" está no disco

CD do próximo domingo reforça a celebração dos 250 anos de Mozart

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Juntando-se às celebrações do 250º aniversário de Mozart, a Coleção Folha de Música Clássica dedica seu volume da semana que vem ao mestre do classicismo vienense. A Royal Philharmonic Orchestra executa a abertura da ópera "A Flauta Mágica", bem como as sinfonias de nº 36 e 39.
Filmada por Ingmar Bergman, "A Flauta Mágica" ("Die Zauberflöte") foi recentemente encenada no Teatro Municipal, em São Paulo. Membro da maçonaria, Mozart encheu sua ópera de referências à sociedade secreta, desde a abertura.
A "Sinfonia nº 36" é um testemunho da velocidade de composição de Mozart: foi composta em apenas quatro dias.
Já a "Sinfonia nº 39" vem de um período mais intranqüilo da vida do compositor: o verão de 1788, no qual, cheio de dificuldades financeiras, ele escreve pedidos de dinheiro a seu confrade maçom Puchberg.
Nessa época, em três semanas, Mozart compõe suas três derradeiras obras sinfônicas. A primeira do trio, a de nº 39, traz como principal inovação formal a adição de clarinetes, no lugar dos habituais oboés. É certo que Mozart já havia previsto estes instrumentos em suas sinfonias "Paris" e "Haffner". Contudo, enquanto nas obras anteriores os clarinetes tinham uma função basicamente de "recheio" orquestral, aqui, como nos concertos para piano K. 482 e K. 488, eles adquirem autonomia e destaque, como líderes do naipe de madeiras.


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