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Local chega a atrair 1.500 pessoas
DA REPORTAGEM LOCAL
Interessados na missa, nos DJs,
nas bandas católicas ou em namorar, eles vêm dos quatro cantos da cidade para passar as noites
de sexta na Cristoteca. São freqüentadores jovens, a maioria na
faixa dos 18 aos 22 anos, e geralmente ficam sabendo da tal "balada santa" nas comunidades da
Igreja Católica que freqüentam.
Muitas vezes chamam os amigos ou vizinhos, o que faz com
que algumas noites cheguem a
atrair até 1.500 pessoas, segundo
os organizadores.
A maior parte dos que ficam
dançando até as 6h participa da
missa que ocorre antes. Nesse
momento, muitos formam fila
para tomar a hóstia distribuída
pelo padre. Depois que termina o
serviço religioso, a grande diversão no galpão da Casa Restaura-me, onde funciona a Cristoteca, é
dançar "de passinho", ou seja, todos realizando os mesmos movimentos. Muitos também abrem
rodas e os mais corajosos se arriscam a dançar no meio.
"É uma música de igreja, mas
com a batida da juventude. Eu
não vejo problema", diz Daniel
Rodrigo Concencio, 21, referindo-se ao som do Electrocristo. Há um
ano ele sai de Poá com um grupo
de amigos para dançar break no
local. Concencio conta que tenta
chegar mais cedo para pegar a
missa, mas isso nem sempre é
possível. "A gente estuda à noite.
Sai da escola e vem para cá."
A maioria vai também para a
missa, mas alguns pulam essa
parte. "O pessoal vem muito para
namorar. Os voluntários ficam
nas portas, controlando o movimento", conta o ex-seminarista
José Mário de Freitas Medina
Leal, 21. "Eu venho para cá por
causa da missa." Segundo ele, ficou sabendo da Cristoteca pela
comunidade da Igreja que frequenta. "Além disso, moro perto,
e a festa é conhecida por aqui.
Gosto da festa, mas há segmentos
da igreja que criticam a Cristoteca
e o Electrocristo."
Bandas
Há grupos de freqüentadores
que preferem as bandas católicas
que também se apresentam durante a noite no Electrocristo.
Esses ficam parados conversando longe do local onde tocam os
DJ"s, aguardando. "Queremos
montar um conjunto de música
católico", afirma Ricardo Dizero,
31, que, como os amigos Franklin
Alves, 19, Leandro Barbosa dos
Santos, 25, e Ítalo Siqueira, 24,
passa as noites de sexta-feira na
Cristoteca há cerca de dois anos.
Eles, que se conheceram através
da igreja, contam que há evangélicos que também freqüentam o local. "Há comunidades de periferia
também", diz Alves.
(MP)
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