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Museu de bilionário francês une arte e demonstração de poder
Alberto Pizzoli/France Presse
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Obras de Jeff Koon e Cindy Sherman no museu Punta della Dogana, de François Pinault, que acaba de ser inaugurado em Veneza
DO ENVIADO A VENEZA
A arte contemporânea, cada
vez mais, vem se tornando uma
das formas de exposição de poder e influência. Não por acaso,
circulam pela Bienal de Veneza
bilionários como o norte-americano Paul Allen (32º mais rico
do mundo segundo a "Forbes")
e o russo Roman Abramovich
(51º). Mas quem ocupou o centro das atenções foi o francês
François Pinault (60º), com a
inauguração de seu novo espaço expositivo, na Punta della
Dogana, projeto do arquiteto
japonês Tadao Ando.
Há dois anos, Pinault já havia
inaugurado uma sede de sua
fundação em Veneza, no Palazzo Grassi, após romper com o
governo francês. Sua intenção
original era criar um museu,
projetado por Ando, em Paris,
mas por conta dos altos impostos cobrados pela França, o dono da Christie's foi a Veneza.
O novo local, um antigo armazém das docas, construído
em 1631, com 5.000 m2, foi totalmente remodelado por Ando, a um custo de 20 milhões
(cerca de R$ 60 milhões) e
inaugurado em quatro dias diferentes, na última semana, para os VIPs de Veneza, com a
mostra "Mapping the Studio".
Com obras da coleção de Pinault, a exposição, que ocorre
também no Palazzo Grassi,
reúne praticamente todos os
nomes com maior sucesso comercial na cena contemporânea, como os japoneses Takashi Murakami e Hiroshi Sugimoto, o italiano Maurizio Cattelan, os norte-americanos Jeff
Koons, Richard Prince e Cindy
Sherman. Em arte contemporânea, difícil encontrar maior
demonstração de poder.
(FC)
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