São Paulo, terça-feira, 09 de junho de 2009

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Museu de bilionário francês une arte e demonstração de poder

Alberto Pizzoli/France Presse
Obras de Jeff Koon e Cindy Sherman no museu Punta della Dogana, de François Pinault, que acaba de ser inaugurado em Veneza

DO ENVIADO A VENEZA

A arte contemporânea, cada vez mais, vem se tornando uma das formas de exposição de poder e influência. Não por acaso, circulam pela Bienal de Veneza bilionários como o norte-americano Paul Allen (32º mais rico do mundo segundo a "Forbes") e o russo Roman Abramovich (51º). Mas quem ocupou o centro das atenções foi o francês François Pinault (60º), com a inauguração de seu novo espaço expositivo, na Punta della Dogana, projeto do arquiteto japonês Tadao Ando.
Há dois anos, Pinault já havia inaugurado uma sede de sua fundação em Veneza, no Palazzo Grassi, após romper com o governo francês. Sua intenção original era criar um museu, projetado por Ando, em Paris, mas por conta dos altos impostos cobrados pela França, o dono da Christie's foi a Veneza.
O novo local, um antigo armazém das docas, construído em 1631, com 5.000 m2, foi totalmente remodelado por Ando, a um custo de 20 milhões (cerca de R$ 60 milhões) e inaugurado em quatro dias diferentes, na última semana, para os VIPs de Veneza, com a mostra "Mapping the Studio".
Com obras da coleção de Pinault, a exposição, que ocorre também no Palazzo Grassi, reúne praticamente todos os nomes com maior sucesso comercial na cena contemporânea, como os japoneses Takashi Murakami e Hiroshi Sugimoto, o italiano Maurizio Cattelan, os norte-americanos Jeff Koons, Richard Prince e Cindy Sherman. Em arte contemporânea, difícil encontrar maior demonstração de poder. (FC)


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