Para marcar aniversário, companhia mineira reapresenta balé urbano "Ímã" ao lado do romântico "Lecuona"

Programa duplo entra em cartaz nesta quarta, no teatro Alfa; coletivo já prepara coreografia para o ano que vem

ADRIANA PAVLOVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Na festa de seus 35 anos, o Grupo Corpo vai mostrar, a pedido do público, o seu lado mais urbano junto à sua porção mais romântica.
A turnê comemorativa, que começa nesta quarta em São Paulo, une "Ímã", trabalho mais recente da companhia mineira de dança, que estreou no ano passado, e "Lecuona", coreografia de 2004, escolhida pelo público, por votação via internet.
"Pela primeira vez nessas três décadas e meia, o público escolheu o que queria ver, e deu "Lecuona", nossa coreografia mais emotiva, a mais romântica, que faz a plateia chorar, rir e sonhar, num contraponto perfeito a "Ímã", que é um balé urbano, quase sem emoção", afirma o coreógrafo Rodrigo Pederneiras, fundador da companhia, junto com o irmão Paulo, diretor artístico do grupo.
"Lecuona" é um marco na história do Corpo. Depois de mais de uma década apresentando somente peças com trilhas criadas para a companhia, em 2004 o tema musical partiu da obra do compositor cubano Ernesto Lecuona (1895-1963), embalando um balé formado por 12 duos (outra raridade em se tratando de Corpo) e um lindo baile final.
Já "Ímã" tem trilha eclética do trio +2, formado por Moreno Veloso, Kassin e Domenico, resultando numa coreografia intensa, repleta de múltiplos e rápidos afastamentos e uniões.
Depois de São Paulo, o Corpo segue para Edimburgo, na Escócia, onde participa pela primeira vez do principal festival de artes do país. Na sequência, a companhia prossegue no Brasil com a turnê comemorativa de seus 35 anos, que inclui uma exposição de fotos no Palácio da Artes, na capital mineira.
Entre isso, o grupo começa a preparar novo trabalho, que terá trilha do compositor galego Carlos Nuñez com José Miguel Wisnik, principal colaborador musical do Corpo. A estreia será em 2011.