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FESTIVAL
Coreano é melhor diretor
Filme escocês vence festival de Veneza
ALCINO LEITE NETO
ENVIADO ESPECIAL A VENEZA
"The Magdalene Sisters", o drama feminista e anticatólico do diretor e ator escocês Peter Mullan,
ganhou ontem o Leão de Ouro de
melhor filme do 59º Festival de
Cinema de Veneza.
A escolha do júri, presidido pela
atriz chinesa Gong Li, agradou
crítica e público -o filme era um
dos preferidos de ambos. Mullan
recebeu o prêmio vestido com
traje típico escocês.
"As Irmãs de Madalena" é um
filme comovente e de grande vitalidade. Baseia-se na história real
dos conventos Madalena, verdadeiros campos de trabalho forçado da Igreja Católica na Irlanda,
para onde eram levadas jovens
que haviam sido estupradas ou
engravidadas fora do casamento.
A inglesa Julianne Moore foi
eleita a melhor atriz por "Far from
Heaven", de Todd Haynes. Ela está excepcional no papel de uma
dona-de-casa americana, nos
anos 50, que descobre que seu
marido é homossexual.
O italiano Stefano Accorsi foi
escolhido o melhor ator, por "Un
Viaggio Chiamato Amore", de
Michele Placido. O prêmio de direção foi para o coreano Lee
Chang-dong, por "Oásis".
O grande prêmio do júri foi para o russo "Dom Durakov - La
Maison de Fous", do veterano e
convencional Andrei Konchalovsky. O júri ignorou os dois melhores concorrentes: "Dirty Pretty
Things", de Stephen Frears, e
"Dolls", de Takeshi Kitano.
O fotógrafo Ed Lachman recebeu o prêmio de melhor contribuição individual pelas imagens
de "Longe do Paraíso". Ele é também co-diretor, com Larry Clark,
de "Ken Park".
Na mostra Contracorrente, com
obras mais ousadas, "Springtime
in a Small Town", do chinês Tian
Zhuangzhuang, foi eleito o melhor filme. "A Snake of June", do
japonês Shinya Tsukamoto, ganhou o prêmio especial do júri.
Os orientais dominaram a cena
em Veneza.
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