São Paulo, sábado, 09 de setembro de 2006

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Artista teve vida violenta e misteriosa

DA REPORTAGEM LOCAL

Considerado um dos mais famosos e copiados pintores dos primórdios do barroco, no século 17, Michelangelo Merisi da Caravaggio foi bastante requisitado durante a Contra-Reforma, comissionado por uma igreja carente de nova iconografia espiritual. Foi quando pintou cenas religiosas com naturalismo e uso dramático do contraste claro e escuro, técnica de que "A Prisão de Cristo", agora na National Gallery da Irlanda, é exemplar.
O pintor, no entanto, tornou-se mera nota de pé de página para historiadores da arte à medida que seu realismo foi perdendo prestígio nos séculos 18 e 19. Caravaggio só foi redescoberto no século 20, quando o crítico de arte Roberto Longhi declarou, na década de 20, que Vermeer e Rembrandt não teriam existido sem ele, e que a arte de Manet, Courbet e Delacroix teria sido completamente diferente.
Anos mais tarde, foi a questão da sexualidade do pintor e do homoerotismo de suas obras que veio à tona e voltou a chamar a atenção para sua arte. O assunto foi retratado pelo diretor inglês Derek Jarman em "Caravaggio" (1986). No filme, além da mestria do pintor, foi revelada a vida turbulenta e violenta que levou.
Em 1606, teria matado um jovem de nome Ranuccio Tomassoni. Fugiu de Roma para Nápoles, foi preso em 1608 e dois anos depois dado como morto, em datas e circunstâncias que permanecem ainda um enigma.


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