São Paulo, quarta-feira, 09 de setembro de 2009

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CDs

ROCK
Antes do Fim
BACAMARTE

Gravadora: Som Livre; Quanto: R$ 25, em média; Avaliação: bom
Ainda que soe um tanto datado nos dias de hoje, o rock progressivo esboçou uma história nos porões brasileiros dos anos 70, construída por bandas como O Terço, Mutantes (na fase "solo" de Sérgio Dias) e esta, a Bacamarte. Lançado tardiamente em 1983, este é o único álbum do grupo, que se dissolveria no ano seguinte. Apesar de contar com músicos virtuoses -como o guitarrista Mario Neto-, o Bacamarte é mais lembrado por ter lançado a cantora Jane Duboc.
POR QUE OUVIR: É dos momentos máximos do rock progressivo no país. Mas há que ter afinidade com o gênero -e certa paciência para enfrentar a avalanche de solos instrumentais. (MARCUS PRETO)

BLUES
This Time
ROBERT CRAY

Gravadora: EMI; Quanto: R$ 30, em média; Avaliação: bom
O guitarrista e cantor americano levou mais de quatro anos para voltar ao estúdio e fazer este "This Time", no qual aparece acompanhado do mesmo trio (baixo, teclados e bateria) que trouxe para seus shows brasileiros, em maio passado. Em nove faixas, Cray faz sua guitarra limpa transitar com naturalidade entre o blues, o soul e o r&b. Na balada "Love 2009", com grudento riff de guitarra e pegada funk-soul, temos um dos melhores momentos do álbum.
POR QUE OUVIR: Cray não é um inovador e procura deixar seus fãs em certa zona de conforto. Mas isso não é motivo para deixar de ouvir algumas das belas canções presentes no disco. (FABRICIO VIEIRA)

MPB
Quintina Orquestra Trio
TRIO QUINTINA

Gravadora: Sete Sóis; Quanto: R$ 30, em média; Avaliação: regular
Altas doses de ritmos brasileiros, como samba e choro, em uma formação essencialmente acústica, temperada com eventuais acentos de guitarras e repiques roqueiros é a curiosa receita do Trio Quintina. Formado por Fabiano Silveira e pelos irmãos Gabriel e Gustavo Schwartz, o grupo curitibano, em atividade há dez anos, relê, em seu quinto disco, "Água de Beber", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e mostra composições próprias, com resultado irregular.
POR QUE OUVIR: Para conhecer a produção popular contemporânea de um pedaço do país cuja música se faz ouvir com pouca frequência. (IRINEU FRANCO PERPETUO)

DVDs

MPB
MPB Especial
DORIVAL CAYMMI

Gravadora: Biscoito Fino; Quanto: R$ 47,90; Avaliação: bom
O lançamento em DVD deste "MPB Especial" -que depois virou "Ensaio"- feito em 1972 é a nova apostila de um curso que está tardando a ser montado: aprenda noções de Caymmi e se torne um ser humano melhor. Estão no programa o artista de voz e violão únicos, o contador de histórias, o credor dos amigos. Como Caymmi é muita coisa, em uma hora só cabem poucos relatos e músicas reunidas em medleys, formato que não é o ideal para canções tão bonitas.
POR QUE OUVIR: É a chance de acompanhá-lo interpretando trechos de "Dois de Fevereiro", "Só Louco" e outras. (LUIZ FERNANDO VIANNA)

Rock
Live in Seoul
METALLICA

Gravadora: Coqueiro Verde; Quanto: R$ 40; Avaliação: bom
Em boa forma, o Metallica é dono de uma das mais potentes apresentações ao vivo. Lars Ulrich espanca a bateria, Kirk Hammett é habilidoso na guitarra e o vocalista James Hetfield não brinca no palco. Neste show na Coreia do Sul, a banda mistura hits da fase "pop" (como "The Unforgiven" e "Enter Sandman") com pedradas antigas ("Master of Puppets", "Battery" e "Orion")
POR QUE VER: É o Metallica comemorando, em 2006, 20 anos de "Master of Puppets", disco emblemático do metal. (TN)



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