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Desejo mobiliza e estanca na peça de Koltès
DO ENVIADO AO RIO
A perturbadora dramaturgia do francês Bernard-Marie Koltès (1948-89) volta a
ocupar espaço na temporada paulistana com "Na Solidão dos Campos de Algodão" -peça que Paulo José
dirigiu no Rio, há dois
anos-, no Sesc Belenzinho.
O mesmo texto foi montado na cidade em 1998, no porão do Centro Cultural São
Paulo, com direção de Gilberto Gawronski, que também contracenou com Ricardo Blat. Segundo Paulo
José, "Na Solidão..." pode ser
definida como uma parábola de dois homens em busca
da verdade ocultada pelos
argumentos da razão.
É noite, local indefinido,
possivelmente a periferia de
uma grande cidade. Dois homens se esbarram. Diálogo.
Um deles, Dealer (Paulo
Trajano), aparenta ser um
negociador. O outro, sem
nome, pode ser um cliente.
Um assalto? Um programa
com um michê? Uma transação comercial clandestina?
Em princípio, não se sabe o
que está em jogo.
Desejo é a palavra-chave.
"Se você não tem desejo, você não é, não existe. Este é o
foco da peça", diz o diretor.
Teatro de Equipe
"Trem de Volta" é o livro
recém-lançado pela Libretos
(207 págs., R$ 30). Mário de
Almeida, um dos fundadores do Teatro de Equipe
(1958-62), e Rafael Guimaraens contam a história do
grupo do qual participaram,
entre outros, Paulo José e
Paulo César Pereio. O pesquisador Fernando Peixoto
assina o prefácio do livro,
que traz depoimentos dos
artistas e imagens de espetáculos da época.
(VS)
NA SOLIDÃO DOS CAMPOS DE
ALGODÃO. De: Bernard-Marie
Koltès. Direção: Paulo José. Com:
Adriano Garib e Paulo Trajano.
Onde: Sesc Belenzinho (av. Álvaro
Ramos, 915, SP, tel. 0/xx/11/6602-3700). Quando: sáb. e dom., às
21h; até 30/11. Quanto: R$ 15.
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