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Novo circuito divulga filme nacional
DA ENVIADA AO RIO
Com exibições a preços populares -R$ 2 e R$1, a meia entrada- do filme "Bicho de Sete Cabeças" (2000), de Laís Bodanzky,
treze cidades dão hoje a partida
no projeto de instalação do Circuito Brasil de Cinema, que visa a
divulgar em municípios de porte
médio o filme nacional.
As salas (que devem chegar a
cem até 2004) têm entre 80 e 220
lugares e pertencem aos Centros
Culturais Banco do Brasil (no Rio
de Janeiro, em São Paulo e em
Brasília) e às AABB (Associações
Atléticas do Banco do Brasil).
As projeções ocorrem a partir
de cópia em DVD, de quinta a domingo, sempre às 20h. Para o primeiro quadrimestre de programação, até janeiro de 2004, foram
selecionados 23 títulos brasileiros
recentes, sob a curadoria do produtor Francisco Cesar Filho.
Na sequência do filme de Bodanzky, estão programados
"Amores Possíveis", de Sandra
Werneck, "Copacabana", de Carla Camurati, e "Dois Perdidos numa Noite Suja", de José Joffily. As
exibições serão antecedidas por
curtas-metragens brasileiros.
O circuito é organizado em parceria pela Petrobras, Banco do
Brasil e Federação Nacional das
Associações Atléticas do Banco
do Brasil e começa pelos Estados
de Alagoas (Gravatá), Bahia (Itabuna), Santa Catarina (Joinville),
Rio Grande do Sul (Passo Fundo),
Minas Gerais (Montes Claros),
Goiás (São Luís de Montes Belos).
Além do CCBB na capital paulista, São Paulo conta também com
uma sala da AABB em Itanhaém.
José Jacinto do Amaral, assessor
de relações institucionais da Petrobras, disse que o número inicial de salas participantes ficou
restrito a 13 para que se possa testar e ajustar o funcionamento do
circuito, antes de expandi-lo.
"Não sabemos se o horário das
20h será o mais adequado em todas as cidades, por exemplo", diz.
O presidente da Federação das
Associações Atléticas do Banco
do Brasil, Reinaldo Fujimoto, disse que há interesse de praticamente todas as 1.250 afiliadas em
participar do projeto.
O investimento inicial foi de
aproximadamente R$ 300 mil,
gastos na compra de aparelhos de
DVD e em pequenas reformas ou
adaptações de salas já existentes.
"Em Gravatá, foram compradas
poltronas de um cinema desativado", disse Fujimoto. Presente ao
anúncio do projeto, na última segunda, no Rio, Juca Ferreira, secretário executivo do Ministério
da Cultura, sugeriu que o Circuito
Brasil de Cinema incorpore também os cinemas já existentes e
ameaçados de fechamento nas cidades de pequeno porte do interior do país. Amaral disse que a
proposta é boa e será estudada.
Henrique Pizzolato, do Banco
do Brasil, afirmou que está em estudo também a possibilidade de
que, em algumas salas, o ingresso
seja dado em troca de doações para o programa Fome Zero.
A seleção de filmes participantes do circuito prioriza os títulos
que tenham contado com patrocínio de produção da Petrobras.
"Queremos que a população
das cidades brasileiras que hoje
tem acesso apenas aos filmes na
TV ou aos da Globo Filmes [distribuidora dos títulos de maior bilheteria no país] possa ter acesso a
uma gama maior da produção
nacional", disse Amaral.
(SILVANA ARANTES)
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