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São Paulo, quinta-feira, 09 de outubro de 2003

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Novo circuito divulga filme nacional

DA ENVIADA AO RIO

Com exibições a preços populares -R$ 2 e R$1, a meia entrada- do filme "Bicho de Sete Cabeças" (2000), de Laís Bodanzky, treze cidades dão hoje a partida no projeto de instalação do Circuito Brasil de Cinema, que visa a divulgar em municípios de porte médio o filme nacional.
As salas (que devem chegar a cem até 2004) têm entre 80 e 220 lugares e pertencem aos Centros Culturais Banco do Brasil (no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília) e às AABB (Associações Atléticas do Banco do Brasil).
As projeções ocorrem a partir de cópia em DVD, de quinta a domingo, sempre às 20h. Para o primeiro quadrimestre de programação, até janeiro de 2004, foram selecionados 23 títulos brasileiros recentes, sob a curadoria do produtor Francisco Cesar Filho.
Na sequência do filme de Bodanzky, estão programados "Amores Possíveis", de Sandra Werneck, "Copacabana", de Carla Camurati, e "Dois Perdidos numa Noite Suja", de José Joffily. As exibições serão antecedidas por curtas-metragens brasileiros.
O circuito é organizado em parceria pela Petrobras, Banco do Brasil e Federação Nacional das Associações Atléticas do Banco do Brasil e começa pelos Estados de Alagoas (Gravatá), Bahia (Itabuna), Santa Catarina (Joinville), Rio Grande do Sul (Passo Fundo), Minas Gerais (Montes Claros), Goiás (São Luís de Montes Belos). Além do CCBB na capital paulista, São Paulo conta também com uma sala da AABB em Itanhaém.
José Jacinto do Amaral, assessor de relações institucionais da Petrobras, disse que o número inicial de salas participantes ficou restrito a 13 para que se possa testar e ajustar o funcionamento do circuito, antes de expandi-lo. "Não sabemos se o horário das 20h será o mais adequado em todas as cidades, por exemplo", diz.
O presidente da Federação das Associações Atléticas do Banco do Brasil, Reinaldo Fujimoto, disse que há interesse de praticamente todas as 1.250 afiliadas em participar do projeto.
O investimento inicial foi de aproximadamente R$ 300 mil, gastos na compra de aparelhos de DVD e em pequenas reformas ou adaptações de salas já existentes.
"Em Gravatá, foram compradas poltronas de um cinema desativado", disse Fujimoto. Presente ao anúncio do projeto, na última segunda, no Rio, Juca Ferreira, secretário executivo do Ministério da Cultura, sugeriu que o Circuito Brasil de Cinema incorpore também os cinemas já existentes e ameaçados de fechamento nas cidades de pequeno porte do interior do país. Amaral disse que a proposta é boa e será estudada.
Henrique Pizzolato, do Banco do Brasil, afirmou que está em estudo também a possibilidade de que, em algumas salas, o ingresso seja dado em troca de doações para o programa Fome Zero.
A seleção de filmes participantes do circuito prioriza os títulos que tenham contado com patrocínio de produção da Petrobras.
"Queremos que a população das cidades brasileiras que hoje tem acesso apenas aos filmes na TV ou aos da Globo Filmes [distribuidora dos títulos de maior bilheteria no país] possa ter acesso a uma gama maior da produção nacional", disse Amaral.
(SILVANA ARANTES)


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