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ERUDITO
Orquestra apresenta hoje e amanhã na Sala São Paulo repertório dos concertos que fará na Alemanha e na Suíça
Osesp se aquece para turnê na Europa
JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Osesp inicia hoje, na Sala São
Paulo, uma série de sete concertos
em que apresentará o repertório
com que fará, a partir de 27 de outubro, duas apresentações na Alemanha e cinco na Suíça.
Para essas récitas de aquecimento todos os ingressos estão à
venda, já que eles não foram previamente comprados por assinantes da temporada. Estão bem
mais baratos também: R$ 20, com
meia para idosos e alunos de escolas particulares, e gratuitos para
alunos da rede pública.
A orquestra ainda se apresentará no próximo sábado em Sorocaba e no dia 16 em Santos.
O diretor John Neschling, que
dividirá com Roberto Minczuk a
regência da pré-turnê e da turnê,
disse ter escolhido um repertório
deliberadamente eclético. Mistura peças brasileiras (Villa-Lobos e
Edino Krieger) com obras do
grande repertório (Bartok,
Brahms e Respighi), que podem
dar aos europeus a percepção das
qualidades técnicas da orquestra.
Eis os principais trechos da entrevista de Neschling à Folha.
Folha - Por que a Osesp não se
apresentará em Berlim ou Munique, reconhecidas por terem a melhor música?
John Neschling - Augsburgo e
Nuremberg são cidades importantes. Têm duas séries de concertos respeitáveis. Eu prefiro reger
dentro dessas séries em lugar de
diluir a orquestra entre 88 outras,
como ocorreria em Berlim. No
ano passado, foi interessante para
nós tocar em Nova York porque
foi na série do Lincoln Center.
Folha - Algo já programado para
a segunda turnê nos EUA?
Neschling - Faremos em 2006 a
Costa Leste, com Boston, Filadélfia e novamente Nova York. Os
empresários têm estratégias específicas para divulgar a orquestra.
Folha - E quanto ao repertório,
qual a razão da mistura?
Neschling - O critério foi igual ao
do ano passado nos EUA. Não
quero que a orquestra seja vista
com [o exotismo] de trazer um
abacaxi na cabeça. Não somos
uma orquestra tropical de música
brasileira. Faremos Brahms na
Alemanha e Bartok na Suíça.
Folha - O prestígio da orquestra
pode também gerar problemas. O
que fazer se para o ano que vem forem vendidas mais que as atuais
7.000 assinaturas?
Neschling - Em 2004 serão dez
em vez de nove séries, com concertos nas sextas e nos domingos.
Serão mais 1.500 lugares.
Folha - A nova turnê nos EUA será
daqui a dois anos. E para 2004?
Neschling - Faremos uma turnê
pelo Brasil. Minha idéia é fazer
cerca de 20 concertos, subindo
por Belo Horizonte e Brasília, até
Manaus. E depois pelo Nordeste.
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