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São Paulo, quinta-feira, 09 de outubro de 2003

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ERUDITO

Orquestra apresenta hoje e amanhã na Sala São Paulo repertório dos concertos que fará na Alemanha e na Suíça

Osesp se aquece para turnê na Europa

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Osesp inicia hoje, na Sala São Paulo, uma série de sete concertos em que apresentará o repertório com que fará, a partir de 27 de outubro, duas apresentações na Alemanha e cinco na Suíça.
Para essas récitas de aquecimento todos os ingressos estão à venda, já que eles não foram previamente comprados por assinantes da temporada. Estão bem mais baratos também: R$ 20, com meia para idosos e alunos de escolas particulares, e gratuitos para alunos da rede pública.
A orquestra ainda se apresentará no próximo sábado em Sorocaba e no dia 16 em Santos.
O diretor John Neschling, que dividirá com Roberto Minczuk a regência da pré-turnê e da turnê, disse ter escolhido um repertório deliberadamente eclético. Mistura peças brasileiras (Villa-Lobos e Edino Krieger) com obras do grande repertório (Bartok, Brahms e Respighi), que podem dar aos europeus a percepção das qualidades técnicas da orquestra.
Eis os principais trechos da entrevista de Neschling à Folha.
 

Folha - Por que a Osesp não se apresentará em Berlim ou Munique, reconhecidas por terem a melhor música?
John Neschling -
Augsburgo e Nuremberg são cidades importantes. Têm duas séries de concertos respeitáveis. Eu prefiro reger dentro dessas séries em lugar de diluir a orquestra entre 88 outras, como ocorreria em Berlim. No ano passado, foi interessante para nós tocar em Nova York porque foi na série do Lincoln Center.

Folha - Algo já programado para a segunda turnê nos EUA?
Neschling -
Faremos em 2006 a Costa Leste, com Boston, Filadélfia e novamente Nova York. Os empresários têm estratégias específicas para divulgar a orquestra.

Folha - E quanto ao repertório, qual a razão da mistura?
Neschling -
O critério foi igual ao do ano passado nos EUA. Não quero que a orquestra seja vista com [o exotismo] de trazer um abacaxi na cabeça. Não somos uma orquestra tropical de música brasileira. Faremos Brahms na Alemanha e Bartok na Suíça.

Folha - O prestígio da orquestra pode também gerar problemas. O que fazer se para o ano que vem forem vendidas mais que as atuais 7.000 assinaturas?
Neschling -
Em 2004 serão dez em vez de nove séries, com concertos nas sextas e nos domingos. Serão mais 1.500 lugares.

Folha - A nova turnê nos EUA será daqui a dois anos. E para 2004?
Neschling -
Faremos uma turnê pelo Brasil. Minha idéia é fazer cerca de 20 concertos, subindo por Belo Horizonte e Brasília, até Manaus. E depois pelo Nordeste.

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