São Paulo, segunda-feira, 09 de novembro de 2009

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Crítica

Filme mostra a vida de advogado do Chacal

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A ambiguidade é o domínio da imagem, sem dúvida. Ainda assim, é preciso buscar nela aquilo que afirme o caráter incerto do visível. Visível e audível, no caso, posto que desde o título -"O Advogado do Terror" (Cinemax, 16h, classificação indicativa não informada)- o filme remete à palavra.
O advogado francês Jacques Vergès começa a vida defendendo Djamila Bouhareb, ativista de uma Argélia em luta pela independência, e termina defendendo ninguém menos que o carrasco nazista Klaus Barbie.
No meio de tudo, uma vida cheia de mistérios, desde o casamento com Djamila, passando pelos anos em que sumiu do mapa, antes de se aproximar de extremistas alemães e defender o temível Carlos, o Chacal.
Vergès, dono de um talento invulgar, em algum momento vacila, ou se abre excessivamente, neste notável documentário de Barbet Schroeder. Fala de seus métodos. Deixa clara, até, a estranha, comprometedora proximidade entre a OLP (Organização pela Libertação da Palestina) e antigos nazistas.

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