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Tudo Bem
da Equipe de Articulistas
Depois do
mergulho na
obra de Nelson
Rodrigues, Arnaldo Jabor resolveu ampliar o
espectro social e
político de sua
crítica com "Tudo Bem" (1978).
Num apartamento em reformas
vive uma família carioca de classe
média "cercada de Brasil por todos
os lados", na feliz definição do
próprio diretor. Ali comprimem-se o casal maduro (Fernanda Montenegro e Paulo Gracindo), os filhos (Regina Casé e Luís Fernando
Guimarães), a empregada que se
prostitui à noite (Zezé Motta) e a
empregada mística (Maria Silvia),
além dos pedreiros que fazem a reforma (Stênio Garcia, José Dumont e outros).
Essa mistura de classes marca
uma espécie de fusão entre a busca
cinemanovista de uma síntese do
país e a sátira moral que Jabor herdou de Nelson Rodrigues.
Se a abordagem perdeu em profundidade dramática, ganhou em
amplitude política e em humor.
Trata-se de uma das obras mais
corrosivas e dolorosamente divertidas do nosso cinema.
(JGC)
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