São Paulo, terça, 9 de dezembro de 1997.




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Presidência é disputada

da Redação

A presidência do Conselho Regional do Sesc (Serviço Social do Comércio) está sendo o centro de uma batalha judicial que acontece desde dezembro do ano passado.
Até o início de 97, o cargo era exercido pelo presidente da FCESP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), Abram Szajman.
Em outubro deste ano, o presidente da Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo), Nelson de Abreu Pinto, tomou posse da presidência do Conselho Regional do Sesc, após obter liminar na Justiça.
Advogados da Fhoresp afirmaram, na época, que a federação comercial que houvesse cumprido seu terceiro mandato interno e tivesse o menor número de inscritos no INSS deveria assumir a presidência do conselho regional.
Alegando cumprir esses requisitos, a Fhoresp vinha pedindo a presidência do Sesc desde 96, dizendo ter menos inscritos no INSS do que a FCESP.
Recusa
Como a FCESP teria se recusado a passar o cargo, a Fhoresp recorreu à Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Mas a CNC, alegando que a Fhoresp era uma federação de categoria, e não de grupo, deu parecer desfavorável à transferência do cargo.
Em dezembro de 96, a Fhoresp entrou com ação na 14ª Vara Cível de São Paulo, conseguindo liminar para assumir a presidência. No entanto, a liminar foi suspensa, a pedido da Federação do Comércio do Estado de São Paulo.
No início de outubro deste ano, um agravo de instrumento foi julgado, e a FCESP perdeu.
No entanto, um dia após a posse de Nelson de Abreu Pinto, Szajman reassumiu a presidência do Sesc, por decisão do Tribunal de Justiça.
A Confederação Nacional do Comércio, então, desfiliou a Fhoresp de seus quadros, o que colocou a entidade fora da disputa pela presidência do Sesc. Nelson de Abreu Pinto, então, recorreu à Justiça.
Em entrevista à Folha, o presidente da Fhoresp disse que uma liminar de novembro reestabeleceu sua filiação à CNC.
A questão, no entanto, continua aguardando julgamento.
Pinto disse também que, caso assumisse a presidência do Sesc, "os programas existentes seriam mantidos e ampliados".
A assessoria de imprensa da FCESP disse que a entidade não vai se manifestar enquanto a questão estiver na Justiça.



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