São Paulo, sábado, 09 de dezembro de 2006

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Funhouse faz festa com o glam Cabaret

Noite ocorre especialmente no clube Inferno e terá outras duas bandas

Outra opção para este sábado é o festival Indie Hip Hop, que acontece no Sesc Santo André com o trio norte-americano De La Soul


THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

A aniversário é da Funhouse, o local da festa é o Inferno e uma das atrações é uma banda nascida no Rio, criada no glam rock inglês dos anos 70 e que mantém a forma com muito glitter, pompa e roupas justas.
Um dos principais clubes indies de São Paulo, a Funhouse comemora quatro anos de vida com noite especial no Inferno (r. Augusta, 501, Consolação, SP; tel. 0/xx/11/3120-4140; R$ 15), a partir das 23h de hoje.
Entre as atrações, além dos maquiados e bem-vestidos Cabaret, haverá shows dos curitibanos Faichecleres e dos paulistas Mortos em 69.
Diferentemente de várias bandas nacionais, que parecem estar pagando os pecados em cima do palco, tamanha a animação com que tocam, os quatro integrantes do Cabaret, auto-intitulados "os últimos heterossexuais sensíveis do Brasil", encaram suas apresentações como uma celebração roqueira libidinosa, performática.
"Sinto falta de entrega, contato, transe. Muitos artistas entram, "mostram o seu trabalho" e saem burocraticamente. Nem cansam, é tudo superficial. O rock é físico, é pélvico. Sem tesão, o público reclama que a cerveja está quente, que o som está ruim. A platéia tinha que reclamar é do artista, vaiar, exigir diversão", conclama Marvel, o vocalista da banda, que quando não está com as unhas pintadas e delineador nos olhos é também conhecido como Márvio dos Anjos, repórter do caderno de Esporte da Folha.
Queen, Cauby, T. Rex, Secos & Molhados são ouvidos -e festejados- no primeiro disco da banda, homônimo, lançado de forma independente. Mas é ao vivo a maneira para melhor... "sentir" o Cabaret.
"No palco tudo é muito intuitivo. Ainda me impressiono com Ney Matogrosso e Freddie Mercury. Aos 65, o Ney é a maior atitude roqueira do país; você vê o cara e te dá vontade de agarrar", derrete-se Marvel.
O vocalista é a síntese da banda: exagerado, teatral. E ele exige respeito. "Houve uma vez que alguém teve a coragem de sentar no palco de costas para mim. Coloquei o pé no ombro dele e usei como apoio num refrão. Nem reparei, mas teve gente achando que eu não ia sair vivo. Não tolero falta de educação."

Rap
A noite reserva ainda outra boas opções. O festival Indie Hip Hop leva ao Sesc Santo André (r. Tamarutaca, 302; tel. 0/ xx/11/4469-1200; R$ 10), a partir das 18h, o respeitado trio De La Soul, um dos pilares do rap norte-americano.
E a terceira visita do grupo que fez o clássico "3 Feet High and Rising" ao país. A última foi em 2005, no Tim Festival, no Rio. Além do De La Soul, o evento terá os brasileiros Inumanos e o grupo Simples.
Amanhã o festival segue com De La Soul, Mzuri Sana e Mamelo Sound System.


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