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Funhouse faz festa com o glam Cabaret
Noite ocorre especialmente no clube Inferno e terá outras duas bandas
Outra opção para este sábado é o festival Indie Hip Hop, que acontece no Sesc Santo André com o trio norte-americano De La Soul
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
A aniversário é da Funhouse,
o local da festa é o Inferno e
uma das atrações é uma banda
nascida no Rio, criada no glam
rock inglês dos anos 70 e que
mantém a forma com muito
glitter, pompa e roupas justas.
Um dos principais clubes indies de São Paulo, a Funhouse
comemora quatro anos de vida
com noite especial no Inferno
(r. Augusta, 501, Consolação,
SP; tel. 0/xx/11/3120-4140; R$
15), a partir das 23h de hoje.
Entre as atrações, além dos
maquiados e bem-vestidos Cabaret, haverá shows dos curitibanos Faichecleres e dos paulistas Mortos em 69.
Diferentemente de várias
bandas nacionais, que parecem
estar pagando os pecados em
cima do palco, tamanha a animação com que tocam, os quatro integrantes do Cabaret, auto-intitulados "os últimos heterossexuais sensíveis do Brasil",
encaram suas apresentações
como uma celebração roqueira
libidinosa, performática.
"Sinto falta de entrega, contato, transe. Muitos artistas entram, "mostram o seu trabalho"
e saem burocraticamente. Nem
cansam, é tudo superficial. O
rock é físico, é pélvico. Sem tesão, o público reclama que a
cerveja está quente, que o som
está ruim. A platéia tinha que
reclamar é do artista, vaiar, exigir diversão", conclama Marvel,
o vocalista da banda, que quando não está com as unhas pintadas e delineador nos olhos é
também conhecido como Márvio dos Anjos, repórter do caderno de Esporte da Folha.
Queen, Cauby, T. Rex, Secos
& Molhados são ouvidos -e
festejados- no primeiro disco
da banda, homônimo, lançado
de forma independente. Mas é
ao vivo a maneira para melhor... "sentir" o Cabaret.
"No palco tudo é muito intuitivo. Ainda me impressiono
com Ney Matogrosso e Freddie
Mercury. Aos 65, o Ney é a
maior atitude roqueira do país;
você vê o cara e te dá vontade
de agarrar", derrete-se Marvel.
O vocalista é a síntese da
banda: exagerado, teatral. E ele
exige respeito. "Houve uma vez
que alguém teve a coragem de
sentar no palco de costas para
mim. Coloquei o pé no ombro
dele e usei como apoio num refrão. Nem reparei, mas teve
gente achando que eu não ia
sair vivo. Não tolero falta de
educação."
Rap
A noite reserva ainda outra
boas opções. O festival Indie
Hip Hop leva ao Sesc Santo André (r. Tamarutaca, 302; tel. 0/
xx/11/4469-1200; R$ 10), a partir das 18h, o respeitado trio De
La Soul, um dos pilares do rap
norte-americano.
E a terceira visita do grupo
que fez o clássico "3 Feet High
and Rising" ao país. A última foi
em 2005, no Tim Festival, no
Rio. Além do De La Soul, o
evento terá os brasileiros Inumanos e o grupo Simples.
Amanhã o festival segue com
De La Soul, Mzuri Sana e Mamelo Sound System.
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