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DISCO CRÍTICA
Cantor traz remédio para o coração
LÚCIO RIBEIRO
Editor-adjunto da Ilustrada
Tarefa das mais improváveis na
música é tentar encontrar uma balada ruim cantada pelo britânico
Lloyd Cole, popstar de meados dos
anos 80 e hoje mero figurante de
uma certa cena romântica, por assim dizer.
Dono de uma das vozes mais tocantes e confortáveis e profundas e
belas e honestas do pré-britpop, o
ex-líder da fundamental Lloyd Cole and the Commotions marcou
sua passagem pelo rock inglês na
década passada disputando com
os dândis Morrissey -dos
Smiths- e Ian McCulloch -do
Echo & the Bunnymen- quem
conseguia estraçalhar mais corações da garotada consumidora do
pop.
Meio datado, meio deslocado,
mas ainda com a voz tocante e confortável e... o Lloyd Cole dos 90, há
oito anos sem os Commotions,
chega agora em show e disco ao
Brasil. O disco vem, na verdade,
com um atraso funesto de três
anos.
Lançado em 95 nos mercados fonográficos que importam, este
"Love Story" só agora é lançado no
Brasil, por ocasião das apresentações do cantor britânico, em um
daqueles oportunismos bem-vindos.
Quarto disco solo de Cole, em
"Love Story" o cantor segue carregando a bandeira do amor à beira
do abismo.
Os nomes das belas e desesperançosas faixas do CD entregam:
"Sentimental Fool", "Love Ruins
Everything", "Unhappy Song" e
"Let's Get Lost".
Hoje em dia, o velho chapa Lloyd
Cole não vai mais indicar rumos
para o pop, mas suas canções ainda abalam.
O cantor, em disco ou ao vivo, é
pouco indicado para corações
atormentados. Por outro lado pode até mesmo ser o remédio.
Disco: Love Story
Cantor: Lloyd Cole
Lançamento: PolyGram
Quanto: R$ 18, em média
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