São Paulo, quarta, 9 de dezembro de 1998

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ERUDITO
Pesquisa revela aumento de público
Ópera ganha força entre os americanos

da Reportagem Local

Embora ainda seja a última op ção entre os programas da chama da "alta cultura" nos EUA, a ópera teve em 1997 uma frequência em 12,5% maior que em 1992. Foi, com esse resultado, a forma de espetá culo que mais cresceu no período. É o que indica pesquisa do Natio nal Endowment for the Arts (NEA), agência que subsidia as ar tes nos EUA. É a quarta pesquisa feita até hoje com essa forma de acompanhamento. Ela é publicada pelo último número da revista "Opera America Newsline". Não há no Brasil pesquisa semelhante. Segundo a publicação norte-americana, no ano passado 9,2 mi lhões de adultos assistiram ao me nos uma montagem de ópera, con tra 6,1% há seis anos. A estimativa é de que foram ven didos ou distribuídos 16,5 milhões de ingressos, entre cenas de prestí gio e montagens universitárias. A ópera nos EUA representa, de um lado, um amplo mercado que conservatórios de qualidade con seguem abastecer com mão-de-obra qualificada. O mecenato pri vado tem um papel mais impor tante que o subsídio oficial. Como fraqueza, os americanos padecem de uma limitação de re pertório. Encenam em geral peças já conhecidas e que tragam um bom retorno de bilheteria. Depois da ópera, o segundo maior crescimento foi o de concer tos de música clássica. O teatro musical e a frequência a exposi ções de pintura e escultura tam bém progrediram. No período, diminuiu a frequên cia a concertos de jazz, a peças de teatro e a espetáculos de balé. A pesquisa do NEA estima em 604 milhões o número de ingressos para exposições e espetáculos ar tísticos de prestígio. Não entram nesse cálculo espetáculos comer ciais, como os de música pop, que não são subsidiáveis. Os EUA têm 260 milhões de habitantes. Os museus estão em primeiro lu gar, com 225 milhões, seguidos das peças musicais, concertos de mú sica clássica, peças de teatro, balé e por último montagens de óperas. (JOÃO BATISTA NATALI)


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