São Paulo, sábado, 10 de janeiro de 1998.




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"EU ACUSO"

"Já que eles ousaram, ousarei também. A verdade, direi-a, porque prometi de dizê-la, se a justiça (...) não o fizesse. Meu dever é de falar, não quero ser cúmplice. Minhas noites seriam assombradas pelo espectro do inocente que está cumprindo pena lá, na pior das torturas, por um crime que não cometeu."

"É ao senhor, senhor presidente, que a gritarei, essa verdade, com toda a força da minha revolta de homem honesto. Para a sua honra, estou convencido de que o senhor a ignora. E a quem, então, denunciarei a turba maléfica de verdadeiros culpados, se não ao senhor, o primeiro magistrado do país?"

"Fazendo todas essas acusações, não ignoro que estou me colocando sob a ação dos artigos 30 e 31 da lei de imprensa de 29 de julho de 1881, que pune delitos de difamação. E é voluntariamente que me exponho."

"Quanto às pessoas que acuso, não as conheço, nunca as vi, não tenho contra elas nem rancor nem ódio. São para mim apenas entidades, espíritos de maleficência social. E o ato que cumpro aqui é apenas um meio revolucionário para apressar a explosão da verdade e da justiça."



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