São Paulo, sábado, 10 de janeiro de 2004

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REPERCUSSÃO

CACÁ DIEGUES, cineasta:
"Destaco sobretudo a inspiração e inquietação que ele sempre teve em relação a sua obra. Ele fazia filmes como se o cinema tivesse sido inventado naquele momento. "O Bandido da Luz Vermelha" é um marco de luz do cinema nacional"

CARLOS REICHENBACH, cineasta:
"Esses últimos dias têm sido cruéis com o cinema brasileiro e, principalmente, com o paulista. Perdemos o [cineasta] Walter Hugo Khouri, o crítico Jairo Ferreira, e agora o cineasta que revolucionou o cinema brasileiro na década de 60, um dos nossos autores mais inovadores e radicais. Filmes como "O Bandido da Luz Vermelha" e "A Mulher de Todos" são símbolos da inovação do cinema contemporâneo. De certa forma, ele era o Godard brasileiro"

JOSÉ MOJICA MARINS, cineasta:
"Eu considerava ele um sujeito que sempre pensou além de seu tempo. Audacioso, não se importava em brigar com dez, 20, para levar sua obra adiante. É um cineasta que procurava se modernizar e avançar. Ele brincava comigo que no cinema brasileiro só havia dois criadores, ele e eu. O resultado é que em todo lugar do mundo que vou me perguntam sobre ele"

LUIZ CARLOS BARRETO, produtor:
"O cinema brasileiro renasceu com Sganzerla e Bressane. Ele evitou que o cinema novo se auto-sufocasse. "O Bandido da Luz Vermelha" tem uma importância ímpar no cenário brasileiro. Esse primeiro filme sociopolicial vai ficar sempre como um marco"

ORLANDO SENNA, secretário para Desenvolvimento das Artes Audiovisuais do Ministério da Cultura (em nota oficial):
"O cineasta Rogério Sganzerla (...) é um herói da brasilidade, um poeta maior do cinema brasileiro. As criações de Rogério Sganzerla permanecerão vivas para sempre, eternizando a essência da cultura brasileira"

SILVIO TENDLER, cineasta:
"Rogério foi um grande amigo, e ele deixa uma lacuna enorme porque além de cineasta, ele era um grande agitador. Nunca aceitava as coisas prontas e acabadas e terminou a carreira com um filme lindíssimo, "O Signo do Caos", tão contestador quanto "O Bandido da Luz Vermelha". Era um cineasta que fazia trepidar as catedrais"

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