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Música
Sambistas contam vivências do Carnaval
RAQUEL COZER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O livro-referência "História
do Carnaval Carioca", de Eneida de Moraes, que até tema de
escola campeã virou (Salgueiro,
1965), tinha o título assim, no
singular. Mas, para uma narrativa pródiga em versões como a
do samba, também não cai mal
o plural "Histórias do Carnaval", nome do "Ensaio" especial
que a Cultura exibe hoje.
É no plural, sem ordem cronológica, que sambistas e afins
lembram suas vivências na formação do gênero: Mestre Marçal canta "Agora É Cinza", de
seu pai, Armando Marçal, e de
Bide, antes de lembrar como
este criou o surdo a partir de
uma lata de manteiga; Dona
Ivone Lara relata como escapou da cozinha e foi parar entre
os compositores do Império
Serrano, e canta "Os Cinco Bailes da História do Rio" (dela
com Bacalhau e Silas de Oliveira); Martinho da Vila conta que
levou a cadência do partido alto
ao desfile da Vila Isabel.
Exibido originalmente em
1993, o programa inclui depoimentos de nomes que não figuram mais entre nós, como o
próprio Marçal, que morreria
no ano seguinte, e Zé Kéti, falecido em 1999. Este, aliás, comete no especial um dos melhores
atos falhos da história do samba, diriam os adeptos da verde-e-rosa, ao chamar o seu clássico
"Quero Morrer na Portela" de
"Quero Morrer na Mangueira".
ENSAIO ESPECIAL
Quando: madrugada de hoje para amanhã, à 1h15
Onde: Cultura
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