São Paulo, Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 1999
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País concorre pela 3ª vez nos 90

da Redação

Não é a primeira vez que o Brasil vai ao Oscar. Tudo começou -de forma meio atravessada- em 1959, com "Orfeu do Carnaval", de Marcel Camus, baseado no musical de Vinicius de Moraes e Tom Jobim, que levou, para a França, o Oscar de produção estrangeira.
Em 1963, porém, o país entrou com um representante genuinamente nacional na disputa: "O Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte, premiado em Cannes.
Bem mais tarde, em 1986, o Brasil teve novamente de se contentar em torcer por um filme mais estrangeiro que nacional. "O Beijo da Mulher Aranha" tinha um diretor argentino radicado no Brasil (Hector Babenco), elenco misto e era falado em inglês. William Hurt saiu com a estatueta de melhor ator, o que foi comemorado como um Oscar brasileiro -não era.
Depois disso veio a era Collor, o fim da Embrafilme e a paralisação do cinema brasileiro. Mas, em meados da década de 90, a produção nacional foi retomada, o público voltou às salas e, numa mistura de lobby bem-feito e filmes com cara da Academia, o Brasil emplacou três indicações na categoria produção estrangeira.
Em 96, foi "O Quatrilho", de Fábio Barreto. Em 98, outro Barreto, Bruno, conseguiu uma indicação por "O Que É Isso, Companheiro?". Em ambos, os brasileiros saíram derrotados por produções holandesas: o primeiro por "A Excêntrica Família de Antônia" e o segundo por "Caráter".
(MaM)


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