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Ministério reteve verba de filme
DANIEL CASTRO
da Reportagem Local
Por causa do "escândalo"
"Chatô", o Ministério da Cultura reteve desde meados de 99
verbas daquele que seria o novo filme da produtora de Guilherme Fontes, "Bellini e a Esfinge", baseado em romance
do músico Toni Bellotto.
Para evitar uma "situação
constrangedora", o ministério
bloqueou R$ 1,1 milhão que a
GF Filmes havia captado. "Bellini" deveria ser filmado entre
julho e agosto do ano passado.
Agora sob a responsabilidade
da Afrodísia Flores, empresa
especializada em arranjos florais de Theodoro Fontes, irmão
de Guilherme, e com a verba, o
filme deve ser rodado em maio.
O bloqueio, segundo o secretário do Audiovisual, José Álvaro Moisés, foi causado pelos
problemas apresentados por
"Chatô, o Rei do Brasil". Orçado em R$ 12 milhões, o filme de
Fontes conseguiu R$ 8 milhões
de recursos públicos, mas ainda não foi concluído.
Em maio do ano passado,
Fontes cessou as filmagens. Em
janeiro, apresentou ao ministério cerca de 90 minutos, não finalizados, de um filme que deveria durar duas horas.
Em portaria publicada na última sexta, o secretário Moisés
transferiu a responsabilidade
de "Bellini" para a Afrodísia.
Moisés reagiu à reportagem
sobre o assunto publicada ontem pela Folha. "A Afrodísia
Flores não é uma floricultura."
Moisés diz que o contrato social da empresa, registrado em
96, prevê que ela teria também
o objetivo de explorar a produção cinematográfica.
Mas, segundo Theodoro
Fontes, a Afrodísia nunca operou nesse segmento, apenas na
produção de eventos. Sem experiência em cinema, a Afrodísia foi obrigada pelo ministério
a se associar à Ananã Produções, de Julio Uchoa, produtor-executivo de "Chatô".
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