São Paulo, sexta-feira, 10 de março de 2000


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Ministério reteve verba de filme

DANIEL CASTRO
da Reportagem Local

Por causa do "escândalo" "Chatô", o Ministério da Cultura reteve desde meados de 99 verbas daquele que seria o novo filme da produtora de Guilherme Fontes, "Bellini e a Esfinge", baseado em romance do músico Toni Bellotto.
Para evitar uma "situação constrangedora", o ministério bloqueou R$ 1,1 milhão que a GF Filmes havia captado. "Bellini" deveria ser filmado entre julho e agosto do ano passado.
Agora sob a responsabilidade da Afrodísia Flores, empresa especializada em arranjos florais de Theodoro Fontes, irmão de Guilherme, e com a verba, o filme deve ser rodado em maio.
O bloqueio, segundo o secretário do Audiovisual, José Álvaro Moisés, foi causado pelos problemas apresentados por "Chatô, o Rei do Brasil". Orçado em R$ 12 milhões, o filme de Fontes conseguiu R$ 8 milhões de recursos públicos, mas ainda não foi concluído.
Em maio do ano passado, Fontes cessou as filmagens. Em janeiro, apresentou ao ministério cerca de 90 minutos, não finalizados, de um filme que deveria durar duas horas.
Em portaria publicada na última sexta, o secretário Moisés transferiu a responsabilidade de "Bellini" para a Afrodísia.
Moisés reagiu à reportagem sobre o assunto publicada ontem pela Folha. "A Afrodísia Flores não é uma floricultura."
Moisés diz que o contrato social da empresa, registrado em 96, prevê que ela teria também o objetivo de explorar a produção cinematográfica.
Mas, segundo Theodoro Fontes, a Afrodísia nunca operou nesse segmento, apenas na produção de eventos. Sem experiência em cinema, a Afrodísia foi obrigada pelo ministério a se associar à Ananã Produções, de Julio Uchoa, produtor-executivo de "Chatô".


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