São Paulo, sábado, 10 de março de 2001

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CRÍTICA

Autor glorifica o músico

ESPECIAL PARA A FOLHA

Existem dois tipos de pregadores: os que gostam de partir para o corpo a corpo com os adversários e os que lançam suas palavras aos que nelas já acreditam. Franz Rueb é do segundo tipo. Seu "48 Variações sobre Bach" é uma louvação ao compositor, dirigida aos fanáticos.
O problema é que, se todo mundo já gosta de Bach, para que reforçar o culto? Não seria mais útil tentar explicar o artista?
E é aí que reside o maior problema do livro de Rueb. Na hora de explicar o homem, o autor se sai bem: descreve o contexto histórico das cidades em que ele trabalhou, compara sua remuneração com outras profissões da época e discute seus aspectos ideológicos.
A coisa derrapa quando se fala de música. Na hora de falar da música "pura" do compositor, a situação se complica.
Além da pura e simples glorificação, melhor seria se o autor pudesse esclarecer como era a escrita para teclado antes de Bach -e no que sua vasta produção no gênero modificou a técnica dos compositores que o sucederam. (IRINEU FRANCO PERPETUO)



48 Variações sobre Bach
  
Autor: Franz Rueb
Editora: Companhia das Letras
Quanto: R$ 33 (375 págs.)




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