PEDRO IVO DUBRA
DA REDAÇÃO

Do primeiro, curioso nome, Cia. Dramática Bombom pra que se Pirulito Tem Pauzinho pra se Chupar, até o atual, Armazém Cia. de Teatro, foram-se 15 anos. Década e meia de história e labuta no palco que é rememorada num livro lançado hoje, no Rio.
"Para Ver com Olhos Livres", com 96 páginas e 94 fotografias dos 13 espetáculos da companhia, narra a trajetória do grupo formado em Londrina, Paraná, em dezembro de 87, e radicado desde 98 em solo carioca. A publicação tem tiragem de mil exemplares e formato de 29 x 22,5 cm. O patrocínio é da BR Distribuidora, com verba de R$ 30 mil.
Recheiam a obra, cujo título, segundo o diretor Paulo de Moraes, 37, era "mote do conjunto no começo, inspirado em frase de Oswald de Andrade", três textos: "A Luz Vazando Nuvens", de Marcos Losnak, editor da revista "Coyote", "Eterna Busca Através da Memória", de Lionel Fischer, crítico teatral do jornal "Tribuna da Imprensa" e editor da revista "Cadernos de Teatro", e "O Lugar da Reinvenção", do jornalista da Folha Valmir Santos, autor do livro "Riso em Cena - Dez Anos de Estrada dos Parlapatões" (Sesc-SP e Estampa Editorial).
"A idéia do Marcos é uma retrospectiva mais histórica, de Londrina. O texto do Lionel mostra como ele nos vê na cena do Rio. A idéia do Valmir era fazer a ponte entre o que temos de teoria de trabalho e o que ele enxerga no palco", diz Moraes. O design de "Para Ver..." é de Alexandre Dias e há fotos de Milton Dória, Léo Bittencourt e Tony Queiroga.
Conhecida por encenações tais quais "A Ratoeira É o Gato" (93), "Alice Através do Espelho" (99) e "Da Arte de Subir em Telhados" (2001, que rendeu um DVD), a Armazém mostrará no Festival de Teatro de Curitiba "Pessoas Invisíveis", que deve ser trazida a São Paulo em agosto ou setembro e também ganhar o suporte digital.