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CINEMA
Segundo Jacob Goldberg, "A Paixão de Cristo", de Mel Gibson, é anti-semita
Advogado pede proibição de longa
THIAGO NEY
DA REDAÇÃO
O advogado paulista Jacob Pinheiro Goldberg entrou ontem
com requerimento no Ministério
da Justiça pedindo a proibição ou
a exibição apenas para maiores de
18 anos de "A Paixão de Cristo",
polêmico longa de Mel Gibson,
48, sobre as 12 últimas horas de Jesus Cristo.
A data de estréia do filme no
Brasil é o próximo dia 19.
"[O filme] É uma apologia e
uma distorção histórica capaz de
conduzir à discriminação anti-semita", disse o advogado, que assistiu ao filme numa cópia pirata
em DVD, comprada, segundo ele,
na rua Augusta, em São Paulo.
"Mel Gibson trata a crucificação
de Jesus como se fosse um show
de porno-sado-masoquismo. É
uma grosseria. É até anticristão."
"A Paixão de Cristo" entrou em
cartaz em 25 de fevereiro nos EUA
(Quarta-Feira de Cinzas) e arrecadou mais de US$ 117 milhões nos
EUA nos primeiros cinco dias de
exibição. O longa custou US$ 30
milhões (Gibson investiu do próprio bolso US$ 25 milhões).
Desde que foi lançado, o filme
vem provocando polêmica nos
EUA, principalmente com grupos
judaicos, que acusam a produção
de anti-semitismo. Segundo esses
grupos, o filme passa a idéia de
que os judeus foram os únicos
responsáveis pela morte de Cristo. Além disso, o longa foi acusado pela imprensa americana de
"extremamente violento".
A rede UCI já vende ingressos
antecipados para o filme, nas bilheterias de seus cinemas ou pelo
site www.ucicinemas.com.br.
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