São Paulo, quarta-feira, 10 de março de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CINEMA

Segundo Jacob Goldberg, "A Paixão de Cristo", de Mel Gibson, é anti-semita

Advogado pede proibição de longa

THIAGO NEY
DA REDAÇÃO

O advogado paulista Jacob Pinheiro Goldberg entrou ontem com requerimento no Ministério da Justiça pedindo a proibição ou a exibição apenas para maiores de 18 anos de "A Paixão de Cristo", polêmico longa de Mel Gibson, 48, sobre as 12 últimas horas de Jesus Cristo.
A data de estréia do filme no Brasil é o próximo dia 19.
"[O filme] É uma apologia e uma distorção histórica capaz de conduzir à discriminação anti-semita", disse o advogado, que assistiu ao filme numa cópia pirata em DVD, comprada, segundo ele, na rua Augusta, em São Paulo.
"Mel Gibson trata a crucificação de Jesus como se fosse um show de porno-sado-masoquismo. É uma grosseria. É até anticristão."
"A Paixão de Cristo" entrou em cartaz em 25 de fevereiro nos EUA (Quarta-Feira de Cinzas) e arrecadou mais de US$ 117 milhões nos EUA nos primeiros cinco dias de exibição. O longa custou US$ 30 milhões (Gibson investiu do próprio bolso US$ 25 milhões).
Desde que foi lançado, o filme vem provocando polêmica nos EUA, principalmente com grupos judaicos, que acusam a produção de anti-semitismo. Segundo esses grupos, o filme passa a idéia de que os judeus foram os únicos responsáveis pela morte de Cristo. Além disso, o longa foi acusado pela imprensa americana de "extremamente violento".
A rede UCI já vende ingressos antecipados para o filme, nas bilheterias de seus cinemas ou pelo site www.ucicinemas.com.br.


Texto Anterior: Artes visuais: Filme absorve universo híbrido de Tunga
Próximo Texto: Teatro/crítica: DVD se lança à tarefa de preservar memória
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.