São Paulo, segunda-feira, 10 de março de 2008

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"Joy Division é o oposto das bandas atuais"

DA REPORTAGEM LOCAL

Dois filmes sobre Joy Division/Ian Curtis chegam aos cinemas quase simultaneamente. Por quê?
"Há várias razões, mas duas principais", diz Grant Gee, diretor de "Joy Division", o documentário.
"Primeiro, faz tempo que tudo aconteceu. Pessoas que cresceram com Joy Division hoje trabalham em TV, revistas, estão mais velhas, enfim, e têm certo poder no mundo cultural. E porque há algo de misterioso no Joy Division. Hoje estamos numa época em que as bandas são escrutinadas em todos os aspectos. O Joy Division é o oposto disso."
Anton Corbijn cresceu com o Joy Division. Com o suicídio de Curtis, em 1980, e a transformação da banda no New Order, o holandês passou os anos 1980 e 1990 fotografando e fazendo clipes de bandas como U2 e Depeche Mode. Especialmente em branco e preto, mesmo tom que utilizou em "Control".
"Não filmei em branco e preto por um gosto pessoal, mas porque achei que fosse certo para o filme. O Joy Division tem uma estética em branco e preto."
Corbijn diz que não teve problemas com a família ou com os ex-integrantes da banda. Gee conta que gostaria de ter entrevistado a viúva de Ian, Deborah, para seu documentário.
"Mas ela não quis. Tudo bem, a Deborah passou muito tempo nas filmagens de "Control", provavelmente seria bem difícil para ela reviver aquelas memórias mais uma vez."


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