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"Joy Division é o oposto das bandas atuais"
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois filmes sobre Joy
Division/Ian Curtis chegam aos cinemas quase simultaneamente. Por quê?
"Há várias razões, mas
duas principais", diz Grant
Gee, diretor de "Joy Division", o documentário.
"Primeiro, faz tempo
que tudo aconteceu. Pessoas que cresceram com
Joy Division hoje trabalham em TV, revistas, estão mais velhas, enfim, e
têm certo poder no mundo
cultural. E porque há algo
de misterioso no Joy Division. Hoje estamos numa
época em que as bandas
são escrutinadas em todos
os aspectos. O Joy Division é o oposto disso."
Anton Corbijn cresceu
com o Joy Division. Com o
suicídio de Curtis, em
1980, e a transformação da
banda no New Order, o holandês passou os anos
1980 e 1990 fotografando e
fazendo clipes de bandas
como U2 e Depeche Mode.
Especialmente em branco
e preto, mesmo tom que
utilizou em "Control".
"Não filmei em branco e
preto por um gosto pessoal, mas porque achei que
fosse certo para o filme. O
Joy Division tem uma estética em branco e preto."
Corbijn diz que não teve
problemas com a família
ou com os ex-integrantes
da banda. Gee conta que
gostaria de ter entrevistado a viúva de Ian, Deborah,
para seu documentário.
"Mas ela não quis. Tudo
bem, a Deborah passou
muito tempo nas filmagens de "Control", provavelmente seria bem difícil
para ela reviver aquelas
memórias mais uma vez."
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