São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 2008

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Crítica

Tristeza move "Brokeback Mountain"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"O Segredo de Brokeback Mountain" (TC Cult, 22h) deve seu sucesso ao fato de tratar do amor proibido entre dois homossexuais. Dois caubóis, para apimentar a situação.
Isso ajuda a levar público ao cinema, o que não é pouco, mas não é o essencial do filme de Ang Lee. Essencial é a imensa tristeza que envolve os personagens. Lá está um deles, casado e com filhos. Ele se arrasta pela vida à espera do momento de ir à pescaria, de encontrar o amado. Com o outro as coisas não são muito diferentes.
O interessante em "Brokeback Mountain" é a inexistência de qualquer tipo de juízo. Os caubóis homossexuais são o que são; suas famílias são o que são; a sociedade é o que é. Não que o filme seja conformista, não se trata disso: é como se ele procurasse tirar um retrato de como as coisas acontecem, em determinado momento, com um dado grupo de pessoas.
O que se revela não é uma tragédia, nem mesmo uma desgraça, é apenas triste, quase banalmente triste.


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