São Paulo, segunda-feira, 10 de maio de 2004

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DEBATE

Programa discute acidente em Alcântara

SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

É uma tentativa heróica. Explicar por que o mundo -e sobretudo países em desenvolvimento, como o Brasil- deve investir em pesquisa espacial, quando há tantos outros problemas supostamente prioritários, é um dos objetivos do debate "Das Águas de Marte ao Fogo de Alcântara".
"Tome Ciência" faz um bate-papo entre quatro convidados. São eles Thyrso Villela Neto, astrofísico do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Paulo Murilo de Oliveira, físico da Universidade Federal Fluminense e um dos membros da comissão que investigou o acidente com o Veículo Lançador de Satélites, em Alcântara (MA), Ivan da Cunha Lima, físico da Universidade Estadual do Rio, e José Monserrat Filho, jornalista e advogado especializado em direito aeroespacial.
Ao longo de uma hora, discutem as razões pelas quais o homem tem fascinação pelo espaço, as motivações bélicas que levaram à corrida espacial e os benefícios oferecidos pelo desenvolvimento dessas tecnologias na vida cotidiana -que não são poucos.
A despeito das boas intenções, a dinâmica do programa e a ausência de reportagens intercaladas ou mesmo imagens de cobertura prejudicam seriamente o fator de entretenimento. Em poucas palavras, só agüenta assistir quem realmente já é um interessado.
Mas, para os que conseguirem chegar até o final, há uma boa notícia. É lá que se encontra o pedaço mais interessante, com a discussão sobre os problemas que levaram ao acidente que matou 21 pessoas no Centro de Lançamento de Alcântara, em agosto de 2003, e as perspectivas futuras do programa espacial brasileiro.
De resto, o debate acaba apostando num tema muito amplo e perde o foco das discussões. Na pior das hipóteses, ilustra o fato de que o espaço é vasto demais para que sejam discutidos, a contento num só programa, as águas de Marte e o fogo de Alcântara.


DAS ÁGUAS DE MARTE AO FOGO DE ALCÂNTARA. Quando: hoje, às 23h, na Rede SescSenac de Televisão.


Estranho que nós amamos

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Há bons filmes e filmes estranhos. "Deportado" (Telecine Classic, 22h) é as duas coisas.
Filmes com Jeff Chandler sempre são estranhos, pois assim ele também é. Neste, ele faz um mafioso expulso dos EUA que volta à sua cidade, na Itália, e logo retoma suas atividades criminais (trazer seu dinheiro para a Itália).
Mas ele se apaixona por uma condessa, o que o obriga a se fazer passar por um homem de bem. E a se tornar um benfeitor da comunidade. E a se tornar, no fim das contas, um homem de bem.
Mas, claro, seu passado o perseguirá. Tanto mais que o passado é dos mais recentes. História meio besta, na verdade.
Por que, então, o filme não é besta? Porque Robert Siodmak o dirige, ora.

FILMES

Feitiço das Gêmeas
SBT, 15h.

(Double, Double, Toil and Trouble). EUA, 1993, 93 min. Direção: Stuart Margolin. Com Mary-Kate Olsen, Ashley Olsen. Gêmeas furtam amuleto de sua tia-avó, na véspera do Dia das Bruxas. Não sabem que a tia é, de fato, uma bruxa.

Um Tira no Jardim de Infância
Globo, 15h30

(Kindegarten Cop). EUA, 1990, 111 min. Direção: Ivan Reitman. Com Arnold Schwarzenegger, Penelope Ann Miller. Esforçada -não mais- tentativa de comédia, num momento em que Arnold procurava mudar sua imagem de puro brutamontes (o que, no mais, acabou conseguindo). Ele é o tira que se faz passar por professor de pré-escola, a fim de proteger a ex-mulher (Miller) de um traficante (contra o próprio) e, se possível, pegá-lo. Simpático, não mais.

Velozes e Furiosos
Globo, 22h25.

(The Fast and the Furious). EUA, 2001, 107 min. Direção: Rob Cohen. Com Vin Diesel, Paul Walker. Agente infiltra-se em gangue de rachas de rua para descobrir se o líder está envolvido em roubo de equipamentos eletrônicos. Inédito.

Os Maiorais - Nos Bastidores do Sucesso
SBT, 1h45.

(The Rat Pack). EUA, 1998, 120 min. Direção: Rob Cohen. Com Ray Liotta, Joe Mantegna. "Rat Pack" era o nome como era chamado o grupo composto por Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr., Joey Bishop e Peter Lawford, famosos não só por suas atividades profissionais como por ligações com a Máfia, além das aventuras envolvendo mulheres, políticos, dinheiro etc. É disso que tenta dar conta este filme, bem pobremente.

Intercine
Globo, 2h25.

"Doze Homens e Uma Sentença", de 1957, dirigido por Sidney Lumet, foi o escolhido do programa. Doze jurados julgam um jovem acusado de assassinar o pai e se preparam para condená-lo quando um deles (Henry Fonda) declara ter dúvidas sobre a culpa do rapaz. Os números para votar durante a semana são 0800-709011 para o primeiro filme e 0800-709012 para o segundo.

Jogos de Guerra
SBT,3h55.

(Wargames). EUA, 1983, 114 min. Direção: John Badham. Com Matthew Broderick, Dabney Coleman. Jovem fanático por computadores entra no sistema do Pentágono. O mundo fica em perigo. Aventura bem acima da média. Só para São Paulo. (IA)

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