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DEBATE
Programa discute acidente em Alcântara
SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
É uma tentativa heróica. Explicar por que o mundo -e sobretudo países em desenvolvimento,
como o Brasil- deve investir em
pesquisa espacial, quando há tantos outros problemas supostamente prioritários, é um dos objetivos do debate "Das Águas de
Marte ao Fogo de Alcântara".
"Tome Ciência" faz um bate-papo entre quatro convidados.
São eles Thyrso Villela Neto, astrofísico do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Paulo
Murilo de Oliveira, físico da Universidade Federal Fluminense e
um dos membros da comissão
que investigou o acidente com o
Veículo Lançador de Satélites, em
Alcântara (MA), Ivan da Cunha
Lima, físico da Universidade Estadual do Rio, e José Monserrat Filho, jornalista e advogado especializado em direito aeroespacial.
Ao longo de uma hora, discutem as razões pelas quais o homem tem fascinação pelo espaço,
as motivações bélicas que levaram à corrida espacial e os benefícios oferecidos pelo desenvolvimento dessas tecnologias na vida
cotidiana -que não são poucos.
A despeito das boas intenções, a
dinâmica do programa e a ausência de reportagens intercaladas ou
mesmo imagens de cobertura
prejudicam seriamente o fator de
entretenimento. Em poucas palavras, só agüenta assistir quem
realmente já é um interessado.
Mas, para os que conseguirem
chegar até o final, há uma boa notícia. É lá que se encontra o pedaço mais interessante, com a discussão sobre os problemas que levaram ao acidente que matou 21
pessoas no Centro de Lançamento de Alcântara, em agosto de
2003, e as perspectivas futuras do
programa espacial brasileiro.
De resto, o debate acaba apostando num tema muito amplo e
perde o foco das discussões. Na
pior das hipóteses, ilustra o fato
de que o espaço é vasto demais
para que sejam discutidos, a contento num só programa, as águas
de Marte e o fogo de Alcântara.
DAS ÁGUAS DE MARTE AO FOGO DE
ALCÂNTARA. Quando: hoje, às 23h, na
Rede SescSenac de Televisão.
Estranho que nós amamos
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Há bons filmes e filmes estranhos. "Deportado" (Telecine Classic, 22h) é as duas
coisas.
Filmes com Jeff Chandler
sempre são estranhos, pois
assim ele também é. Neste,
ele faz um mafioso expulso
dos EUA que volta à sua cidade, na Itália, e logo retoma suas atividades criminais (trazer seu dinheiro para a Itália).
Mas ele se apaixona por
uma condessa, o que o obriga a se fazer passar por um
homem de bem. E a se tornar um benfeitor da comunidade. E a se tornar, no fim
das contas, um homem de
bem.
Mas, claro, seu passado o
perseguirá. Tanto mais que
o passado é dos mais recentes. História meio besta, na
verdade.
Por que, então, o filme
não é besta? Porque Robert
Siodmak o dirige, ora.
FILMES
Feitiço das Gêmeas
SBT, 15h.
(Double, Double, Toil and Trouble). EUA,
1993, 93 min. Direção: Stuart Margolin.
Com Mary-Kate Olsen, Ashley Olsen.
Gêmeas furtam amuleto de sua tia-avó,
na véspera do Dia das Bruxas. Não sabem
que a tia é, de fato, uma bruxa.
Um Tira no Jardim de Infância
Globo, 15h30
(Kindegarten Cop). EUA, 1990, 111 min.
Direção: Ivan Reitman. Com Arnold
Schwarzenegger, Penelope Ann Miller.
Esforçada -não mais- tentativa de
comédia, num momento em que Arnold
procurava mudar sua imagem de puro
brutamontes (o que, no mais, acabou
conseguindo). Ele é o tira que se faz
passar por professor de pré-escola, a fim
de proteger a ex-mulher (Miller) de um
traficante (contra o próprio) e, se
possível, pegá-lo. Simpático, não mais.
Velozes e Furiosos
Globo, 22h25.
(The Fast and the Furious). EUA, 2001,
107 min. Direção: Rob Cohen. Com Vin
Diesel, Paul Walker. Agente infiltra-se em
gangue de rachas de rua para descobrir
se o líder está envolvido em roubo de
equipamentos eletrônicos. Inédito.
Os Maiorais - Nos Bastidores do
Sucesso
SBT, 1h45.
(The Rat Pack). EUA, 1998, 120 min.
Direção: Rob Cohen. Com Ray Liotta, Joe
Mantegna. "Rat Pack" era o nome como
era chamado o grupo composto por
Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis
Jr., Joey Bishop e Peter Lawford, famosos
não só por suas atividades profissionais
como por ligações com a Máfia, além das
aventuras envolvendo mulheres,
políticos, dinheiro etc. É disso que tenta
dar conta este filme, bem pobremente.
Intercine
Globo, 2h25.
"Doze Homens e Uma Sentença", de
1957, dirigido por Sidney Lumet, foi o
escolhido do programa. Doze jurados
julgam um jovem acusado de assassinar
o pai e se preparam para condená-lo
quando um deles (Henry Fonda) declara
ter dúvidas sobre a culpa do rapaz. Os
números para votar durante a semana
são 0800-709011 para o primeiro filme e
0800-709012 para o segundo.
Jogos de Guerra
SBT,3h55.
(Wargames). EUA, 1983, 114 min.
Direção: John Badham. Com Matthew
Broderick, Dabney Coleman. Jovem
fanático por computadores entra no
sistema do Pentágono. O mundo fica em
perigo. Aventura bem acima da média.
Só para São Paulo.
(IA)
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