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Livro mapeia "reinvenção" entre arte e mercado
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
É inevitável a associação entre a
inquietante busca por novas proposições formais que norteou o
cenário das artes nos anos 60 e o
protagonista de "Wesley Duke
Lee, um Salmão na Corrente Taciturna" -livro de Cacilda Teixeira
da Costa lançado pela Edusp (R$ 110; 230 págs.).
Duke Lee esteve à frente de vários movimentos que buscaram
reinventar a oposição entre arte e
mercado, numa vasta pesquisa
sobre suportes pouco conhecidos.
No livro, que parte de sua tese
de doutorado defendida na ECA-USP em 1997, ela faz uma breve
introdução à vida íntima de Duke
Lee, contando um pouco sobre
sua formação como artista e sobre
o ambiente repressor e religioso
em que ele foi educado, para então pontuar as influências de mestres europeus, como Jürgen
Schmidt, Tapiès, Miró e Klimt. A
história pessoal do artista acaba,
enfim, relegada a um segundo
plano, ou é evocada só quando há
conjunção com seu trabalho.
Segundo o texto, a participação
na criação da Rex Gallery em 1966
é um dos pontos fundamentais
para compreender seu espírito inquieto. O espaço, que funcionou
durante um ano, ficou conhecido
por chamar a atenção de um público que não costumava freqüentar galerias e também por ser palco de experimentações diversas.
Cacilda Teixeira da Costa também reitera o desenho como base
de sua obra, pontuando alguns temas que se multiplicaram por
seus trabalhos, como espelhos, o
feminino, o erotismo e a história
dos templários.
(GF)
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