São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 2005

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Livro mapeia "reinvenção" entre arte e mercado

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

É inevitável a associação entre a inquietante busca por novas proposições formais que norteou o cenário das artes nos anos 60 e o protagonista de "Wesley Duke Lee, um Salmão na Corrente Taciturna" -livro de Cacilda Teixeira da Costa lançado pela Edusp (R$ 110; 230 págs.).
Duke Lee esteve à frente de vários movimentos que buscaram reinventar a oposição entre arte e mercado, numa vasta pesquisa sobre suportes pouco conhecidos.
No livro, que parte de sua tese de doutorado defendida na ECA-USP em 1997, ela faz uma breve introdução à vida íntima de Duke Lee, contando um pouco sobre sua formação como artista e sobre o ambiente repressor e religioso em que ele foi educado, para então pontuar as influências de mestres europeus, como Jürgen Schmidt, Tapiès, Miró e Klimt. A história pessoal do artista acaba, enfim, relegada a um segundo plano, ou é evocada só quando há conjunção com seu trabalho.
Segundo o texto, a participação na criação da Rex Gallery em 1966 é um dos pontos fundamentais para compreender seu espírito inquieto. O espaço, que funcionou durante um ano, ficou conhecido por chamar a atenção de um público que não costumava freqüentar galerias e também por ser palco de experimentações diversas.
Cacilda Teixeira da Costa também reitera o desenho como base de sua obra, pontuando alguns temas que se multiplicaram por seus trabalhos, como espelhos, o feminino, o erotismo e a história dos templários. (GF)


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