São Paulo, sábado, 10 de junho de 2006

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Crítica

Desenho oscila entre bobo e apelativo

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REPORTAGEM LOCAL

Quem assistia e gostava da MTV em seus primórdios, na década de 90, tem certa dificuldade em entender (ou aceitar, melhor dizendo) os rumos que o canal tomou neste século.
O desenho "Fudêncio e Seus Amigos" é um exemplo: o canal que outrora exibiu as animações inovadoras do "Liquid Television" agora oferece esse programa de humor rasteiro e qualidade questionável.
Fudêncio é o boneco que o apresentador João Gordo usava em seus programas -com cabelos arrancados, tachinhas na cabeça e tatuagens. Ganhou vida própria e uma série em desenho, na qual estuda na escola José Mojica Marins e tem uma turma de coleguinhas bizarros como o azarado Conrado e a sinistra Funérea.
O principal problema do desenho nem é seu alto grau de idiotice (a mesma coisa podia ser dita sobre o antológico "Beavis & Butthead"), mas a indefinição: seu humor é bobo demais para agradar aos crescidos e tem palavrões demais para ser liberado para crianças.
Em suma, se você acha graça em chamar o líder do U2 de Homo em vez de Bono, talvez consiga se divertir com "Fudêncio". Se não, vale o aviso que aparece antes de um episódio: "Esse episódio contém cenas mal desenhadas, diálogos superficiais, piadas sem timing e informações desnecessárias".


FUDÊNCIO E SEUS AMIGOS
Quando: hoje, às 21h
Onde: MTV


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