São Paulo, sexta-feira, 10 de agosto de 2001

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Moby e Bowie

DE NOVA YORK

Leia a seguir a entrevista que Moby fez com David Bowie.

Moby - Essa é difícil, mas quem você acha que foi o artista plástico mais influente do século 20?
David Bowie -
Deve ser uma divisão entre Warhol e Duchamp, mas apenas no jeito como eles pensavam o que era a arte. Duchamp é o mais imitado artisticamente, mas a filosofia de Warhol ainda é a mais importante. E Vermeer virou o artista do momento, o que acho muito engraçado.

Moby - Você planeja trabalhar como ator de novo?
Bowie -
Não tenho plano. Não é uma coisa que realmente goste de fazer. Acho que estar no palco é mais divertido do que num set de filmagens. Tem algo de transcendental. Que nem fumar.

Moby - Você preferiria morar na Islândia ou na Patagônia?
Bowie -
Na Islândia, com certeza. Tem uma paisagem extraordinária e muito poucas pessoas, porém todas falam inglês. E não é tão longe de Dublin. A Patagônia é cheia de escritores de viagens, que escrevem sobre como eles ficaram sós e como foram corajosos. Mas na verdade eles se hospedam no Hilton e tomam o ônibus para ir aos lugares estranhos.

Moby - Se pudesse mudar algo em você fisicamente, o que seria?
Bowie -
Sempre sonhei em medir 1,90 m. Seria fantástico.

Moby - Você já beijou alguém enquanto uma de suas músicas estava tocando?
Bowie -
Já aconteceu de eu começar a beijar uma pessoa e daí sair correndo para tirar "Laughing Gnome" do hi-fi. Mas o que acontecia é que quando eu voltava a pessoa já tinha ido embora. Mas já ordenhei uma vaca ouvindo "Heroes".

Moby - Você fez alguns covers nos últimos anos. O que o levou a isso e como escolheu as músicas? "Wild Is the Wind" é a minha favorita.
Bowie -
É uma tentativa patética de transformar alguns colegas músicos em amigos. Eu sei que você sabe como é, não? E deu para conhecer Nina Simone.



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