CRÍTICO DA FOLHA

É bem sacada a idéia do restaurante Mr. Robata. O nome remete à cozinha japonesa, atraindo os incontáveis fãs do gênero em São Paulo (e não é só o nome, há uma seção do cardápio dedicada a sushis e pratos quentes japoneses). Ao mesmo tempo, a espinha dorsal do restaurante é a cozinha coreana: é a que domina as ofertas do cardápio -mas, não sendo esta tão popular, sempre é possível que na mesma mesa, enquanto alguns enfrentam a pimenta coreana, outros se dediquem aos sushis e robatas, havendo mesmo espaço para os que preferirem alguns poucos pratos chineses. Também digno de nota, o restaurante fica instalado numa sala simpática, despojada, mas moderna e discreta. O serviço é simples (o que ajuda a baratear a conta), sem dispensar alguns cuidados como ingredientes importados e equipamentos high-tech (os modernos fogareiros trazidos à mesa). Trata-se, portanto, como diz o próprio logotipo, de um restaurante de comida oriental de várias vertentes. Um dos sócios é coreano, outro tem origem japonesa, garantindo a mescla básica. Quem toca a casa é o chef Marcelo Tanaka, 34, que já foi sushiman no Sea House e hoje é proprietário do Sushi-Yá. Ele mantém o equilíbrio entre os robatas (os espetinhos preparados em grelha de carvão), os pratos coreanos (alguns dos quais requerem igualmente a grelha), os sushis e os pratos japoneses e chineses. Uma visita ao restaurante não pode, claro, dispensar os robatas que lhe dão nome -são diferentes os espetinhos de pimenta verde e os de peixe, especialmente o sanmá (importado do Japão, servido inteiro) e o agulhão. Dada a preponderância coreana, vale a pena não ficar apenas no tradicional churrasquinho de costela de boi, bem temperado (mas pouco apimentado), e variar também pelos cozidos (além de carne e porco, há também de frutos do mar, de peixe e de caranguejo), ou pelas "panquecas" (são legumes e frutos do mar envoltos em massa preparada na chapa). (JOSIMAR MELO)

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